As máscaras gregas – Presentes no teatro, na tragédia e na comédia

Usadas no teatro da Grécia Antiga, as máscaras gregas são simbolismo na tragédia, na comédia e evoluíram para adereços teatrais.

Sabe aquelas máscaras lindas que compõem o cenário das tramas? Elas que estão presentes no teatro, na tragédia e na comédia são denominadas como máscaras gregas.

As máscaras gregas marcaram o começo do teatro na Grécia Antiga, assim como do apogeu da civilização a partir do século V a.C.

Simbolizando os principais gêneros de representação daquela época, os acessórios tiveram início nas festas dionísicas, para assim depois serem incorporadas aos principais gêneros daquela época – a tragédia e a comédia. Desse modo, elas evoluíram de artefatos ritualísticos para adereços teatrais.

No contexto das celebrações a Dionísio, cuja duração era de seis dias, havia procissões e, por meio do auxílio de fantasias e das máscaras gregas, os fiéis entoavam cantos líricos. Depois, alcançaram a forma de representação totalmente cênica com as peças clássicas.

A tragédia a tinha como apoio nas encenações de temas de natureza humana, no qual destacavam o controle dos deuses perante o destino de todos.

A comédia exercia a crítica a política e a sociedade de Atenas. Desse modo, as máscaras gregas caracterizavam sentimentos e emoções exageradas, de reconhecimento universal.

Simbolismo das máscaras

Por vários séculos, as máscaras foram a representação de seres sobrenaturais, divinos e dos antepassados. Porém, a sua simbologia pode se diversificar conforme cada cultura, tendo em vista os costume das mesmas. Seja para o disfarce, emprego como objeto lúdico, artístico ou até mesmo religioso, a máscara apresentou vários propósitos.

Ao usar uma máscara, pode-se reforçar uma identidade, escondê-la ou até mesmo alterar os seus traços. Inclusive, as máscaras eram muito utilizadas no teatro grego diante da condição das mulheres, que excluídas totalmente da pólis (cidade), não eram consideradas cidadãs e tinham a proibição da atuação, tendo os papéis limitados ao cumprimento dos afazeres domésticos e de procriação.

Por isso, as máscaras se constituíam por muitas cores, e com o uso de perucas possibilitava-se a representação de personagens de ambos os sexos, masculino e feminino.

No Oriente, as máscaras possuem amplo significado, estando entre as mais comuns as teatrais, também utilizadas nas danças sagradas. Só que o seu uso se estende aos rituais, como as procissões ou até mesmo a representação de mitos de origem e costumes rotineiros.

Do que eram feitas?

As máscaras eram elaboradas de modo que praticamente toda a face do ator ficasse coberta, deixando apenas as aberturas para os olhos e a boca. A princípio foram confeccionadas com madeira, cortiça, tecido, argila ou couro, além de na maioria das vezes serem decoradas com cabelos humanos e de animais.

Na Grécia Antiga, as máscaras tinham múltiplas funções na cena, como a de amplificar as expressões do ator, que estavam longe do palco.

Outro papel exercido era o de servir como megafone, para que as palavras do ator alcance com facilidade o ouvido das pessoas. Além disso, elas auxiliavam no disfarce do gênero do personagem, já que apenas os homens podiam atuar, mantendo assim a história mais próxima do real.

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