Mec Pretende Criar 108 Escolas Cívico-militares em até 4 anos!
A medida foi uma das promessas de campanhas do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O Compromisso Nacional pela Educação Básica prevê a implementação de 108 escolas cívico-militares até 2023. O documento apresentado ontem (11/07), em Brasília, reúne ações que estão sendo planejadas para possivelmente serem implementadas até o fim do governo.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o objetivo da mudança é a implementação e o fortalecimento, junto às redes de ensino públicas, de novos modelos de gestão de alto nível, nos padrões empregados nos colégios militares.
No documento, estão pendentes o andamento da conclusão de mais de 4 mil creches até 2022; a conexão de 6,5 mil escolas rurais por meio de satélite em banda larga em todos os estados; e oferecimento de cursos de ensino a distância para melhorar a formação de professores, até 2020, dentre outras ações.
O plano de ação, elaborado pelo MEC em conjunto com estados e municípios representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) são voltadas para educação básica.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o objetivo é dar mais protagonismo aos estados e municípios, seguindo o mote defendido pelo governo de menos Brasília e mais Brasil. “As ideias já existiam, precisava transformar a energia potencial em energia cinética”, disse. Weintraub ainda ressalta que o Brasil tem boas iniciativas e recursos que dão direcionamento para melhorar a educação do país.
Com todas as ações, o MEC afirma que o Brasil pode se tornar referência em educação na América Latina até 2030. “Nós, como brasileiros, em essência, somos tão bons quanto qualquer país no mundo”, disse o ministro.
Escolas cívico-militares
Sendo uma pauta defendida desde a campanha do presidente Jair Bolsonaro, o modelo cívico-militar visa fazer uma gestão compartilhada entre a Secretaria de Educação e a de Segurança Pública. Assim, as escolas cívico-militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores.
De acordo com o MEC, enquanto a média do Ideb em colégios militares é 6,99, nos civis é 4,94. Tendo em vista essa referência, a implementação tem como meta aumentar a média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A pretensão de investimento do governo sob o projeto totaliza R$ 40 milhões por ano.
“Os pressupostos é que [a instalação das escolas] se dê em locais carentes, como foi o ensino médio em tempo integral. Se não se coloca em locais que sejam carentes, estará aumentando ainda mais a diferença de conhecimento dessa população”, afirmou o secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Carlos Endo Macedo.
Segundo o plano apresentado nesta quinta-feira, pretende-se implementar o modelo em 27 escolas, por ano, uma por unidade da federação. A intenção é que atendam-se a 108 mil alunos.
Além das 27 novas escolas por ano, o MEC pretende fortalecer 28 escolas cívico-militares por ano, em conjunto com os demais entes federados, totalizando 112 escolas até 2023, atendendo a aproximadamente 112 mil estudantes.
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