Meditação contribui na redução de dor crônica; alívio pode chegar a mais de 30%
A meditação reduz sensação de frustração e de sofrimento. A prática tem se mostrado essencial para diminuir vários tipos de dores. Entenda porquê.
Um dos benefícios mais conhecidos da prática constante de meditar é a redução nos níveis de ansiedade. Se parássemos por aí, poderíamos concordar que já estaria ótimo, contudo pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram recentemente que a meditação pode ser usada como um tratamento alternativo para a dor crônica.
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Relação entre meditação e dor crônica
Pesquisadores da área médica na Universidade da Califórnia desenvolveram um estudo para avaliar como a prática de meditação, atenção plena ou mindfulness impactam na atividade do cérebro e na forma como o corpo percebe a dor.
O estudo demonstrou que a meditação torna a pessoa mais relaxada e com menos domínio sobre as áreas do cérebro que provocam dor. Desse modo, é como se a prática cortasse a comunicação entre as áreas do cérebro que são responsáveis por trazer a sensação de dor e a área que exercita a autopercepção.
Em pesquisas realizadas com um grupo de 40 pessoas expostas à dor intensa, foi visto que aqueles que praticaram exercícios de meditação e mindfulness apresentaram uma queda de intensidade da dor reduzida em 32% enquanto a dor desagradável chegou a cair em 33%.
Os participantes tiveram o cérebro escaneado antes e depois da exposição às atividades meditativas. A partir dessa constatação, inicia-se uma descoberta importante para reduzir a dor de pessoas portadoras de doenças crônicas que buscam tratamentos alternativos que possam bater de frente com os remédios fortes demais para o alívio das dores.
Você não é o que sente
Na prática de meditação e atenção plena, costuma-se dizer que o indivíduo não é as suas experiências, ou seja, a pessoa não pode ser resumida aos traumas, dores ou até mesmo a felicidade.
Sendo assim, o indivíduo aprende a desvincular os pensamentos, emoções e os sentimentos do ego ou daquilo que pensam sobre elas mesmas, o que contribui para reduzir a percepção de dor, de sofrimento e frustração causadas pela presença constante da dor.
A ideia é deslocar a percepção do indivíduo como alguém doente para outro referencial mais saudável e desconectado do que elas sentem. O bom da prática de meditação e atenção plena é que pode ser feita gratuitamente e de qualquer lugar. Sendo assim, é algo acessível para todos.
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