Megafauna Brasileira: Veja tudo sobre estes animais incríveis
Conheça os animais gigantes que viveram no território brasileiro durante o período Pleistoceno e que foram extintos há aproximadamente 10 mil anos.
Megafauna é o termo utilizado para designar o conjunto de animais de grande porte que viveu durante o período geológico chamado Pleistoceno. Já o Pleistoceno foi a época geológica que começou há aproximadamente 2,5 milhões de anos e terminou há mais ou menos 11 mil anos. Ela é extremamente recente, se comparada com a idade da Terra.
Cientificamente, os animais a partir de 44 kg já são considerados parte desse grupo. Contudo, o peso de algumas espécies desse período foi maior que 3 toneladas.
Estes animais estavam presentes em todos os continentes, inclusive na América do Sul. Estima-se que eles começaram a desaparecer há aproximadamente 50 mil anos, primeiro na Austrália. As últimas espécies desapareceram por volta de 10 mil anos atrás, na América do Sul, durante o chamado período quaternário tardio.
Megafauna no Brasil
Em alguns lugares, como a Patagônia, estudos recentes indicam que os humanos tiveram contato com esses animais, inclusive, durante um tempo considerável. Porém, em relação ao Brasil, não há estudos que confirmam que os habitantes viveram ao mesmo tempo que essas espécies.
O que se sabe é que a América do Sul como um todo foi um local privilegiado em relação a quantidade de espécies da megafauna, há registros de aproximadamente 37. No Brasil, em específico, há registros desses animais em boa parte do território. Confira a seguir algumas das espécies mais notórias que viveram aqui.
Xenorinotério – Xenorhinotherium bahiensis
Esta é uma das espécies da megafauna não possui parentesco próximo com nenhuma das espécies que conhecemos hoje. Eles viveram por volta de 4 mil anos atrás nas regiões onde hoje estão os estados de Minas Gerais e da Bahia. O mamífero quadrúpede tinha cerca de 2,5 metros de comprimento e 2,5 metros de altura, além de pesar mais ou menos 800 kg.
Toxodonte – Toxodon platensis
Os toxodontes viveram no Brasil em diversos países da América Latina. Eles se parecem com os rinocerontes que conhecemos hoje. Pesavam por volta de 1,3 mil kg, tinham e 3,5 metros de comprimento, incluindo a cauda. Era um animal herbívoro.
Tigres-dentes-de-sabre – Smilodon populator
De acordo com os últimos fósseis encontrados, estima-se que esses animais tenham viviam em todo o território brasileiro por volta de 4 mil anos atrás. Eles tinham em média 2,5 metros de comprimento, 1,5 metros de altura e podia pesar até 350 kg.
Mastodonte – Stegomastodon waringi
Estes animais possuem parentesco com os mamutes, que também já foram extintos, e com os elefantes africanos. Estima-se que eles viviam há 10 mil anos na região central do Brasil, desde a Bahia até o Paraná. Eles tinham 5 metros de comprimento, 2,5 metros de altura e podiam pesar até 3,5 mil kg.
Preguiça-gigante – Eremotherium laurillardi
A estimativa mais recente é de que elas tenham vivido há aproximadamente 9,5 mil anos atrás. Apesar de estarem presentes em todo o Brasil, o maior quantidade de fósseis foi encontrada na região que compreende o atual estado da Bahia. Entre os animais que conhecemos hoje, tem parentesco com tatus, tamanduás e preguiças arborícolas. Conforme os fósseis, a preguiça-gigante tinha em média 6 metros de comprimento e 4 metros de altura. O peso aproximado é de 4 mil kg.
Gliptodonte – Glyptodon clavipes
A imagem do Gliptodonte lembra muito um tatu-gigante. Eles podiam pesar até 800 kg e tinham 2 metros de comprimento, incluindo a cauda, e 1,5 metros de de altura. De acordo com os estudos mais recentes, ele viveram em média há cinco mil anos. Os pesquisadores dão conta de que eles viviam desde o estado de Sergipe, até a Patagônia Argentina. Entre as espécies atuais, possui parentesco com os tatus e tamanduás.
Extinção da megafauna brasileira
O motivo que provocou a extinção da megafauna brasileira é alvo de muitas controvérsias e ainda não tem uma resposta definitiva. Alguns cientistas defendem que eles desaparecem em função de mudanças climáticas extremas e abruptas. Outros, afirmam que os responsáveis pelo desaparecimento dessas espécies foram os seres humanos.
Entretanto, estudos recentes dão conta de que eles sobrevivam algum tempo depois do surgimento dos primeiros humanos. O que se sabe é que a desaparição dos animais se deu em um processo acelerado, alguns sumiram dentro de décadas. Apesar de ter sido uma extinção global, ela não aconteceu ao mesmo tempo em todos os continentes.
Uma das hipóteses mais aceitas está relacionada às mudanças climáticas que afetaram a fase final do Pleistoceno. De acordo com o estudiosos da área, essa mudança fez com que o clima ficasse mais úmido e quente, o que era completamente diferente do que esses animais estavam acostumados, que era um clima seco e frio.
Contudo, alguns indícios apontam que as duas hipóteses podem ter acontecido ao mesmo tempo, o que também explica a rapidez da extinção.
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