Meta, TikTok e Kwai enfrentam processo no Brasil por motivo polêmico
Ações judiciais no Brasil desafiam gigantes das redes sociais sobre responsabilidade na saúde mental de jovens.
Em um movimento inédito no Brasil, as plataformas sociais Meta, TikTok e Kwai enfrentam um processo que pode acarretar multas significativas.
A ação, promovida pelo Instituto de Defesa Coletiva, alega a insuficiência das empresas em proteger a saúde mental de jovens. A questão traz à tona o debate sobre responsabilidade digital e o impacto dos algoritmos na vida dos adolescentes.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais está à frente deste processo, que busca responsabilizar as redes sociais por promoverem a dependência de seus usuários mais jovens.
As empresas instadas pela ação correm o risco de multas que chegam a R$ 1,5 bilhão, valor que destaca a seriedade das alegações.
Para o instituto, os algoritmos são projetados para promover uso contínuo, causando potenciais danos à saúde mental.
Reivindicações e propostas
Muitos jovens têm apresentado quadros de instabilidade emocional possivelmente impulsionados pelo uso indiscriminado das redes sociais – Imagem: reprodução
O Instituto de Defesa Coletiva não apenas levanta problemas, mas também apresenta soluções. As propostas incluem:
- Restrição temporária de acesso para menores até implementação de medidas protetivas;
- Modificação dos algoritmos e tratamento de dados para menores de 18 anos;
- Implementação da função “Family Pairing” no TikTok e no Kwai;
- Emissão de alertas sobre os riscos do uso excessivo das plataformas.
Estas propostas visam garantir um ambiente digital mais seguro e saudável para crianças e adolescentes, em consonância com práticas adotadas em outros países.
Resposta das empresas
As empresas começaram a se pronunciar sobre as acusações. A Meta mencionou a introdução da “conta adolescente” no Instagram, que promete limitar o conteúdo acessível aos jovens.
O TikTok, por sua vez, declarou não ter sido notificado judicialmente sobre o processo, enquanto o Kwai destacou que a segurança dos menores é uma prioridade.
Este processo judicial é um marco na discussão sobre a responsabilidade das redes sociais na saúde mental dos jovens.
O resultado pode influenciar não só políticas locais, mas também globais, estabelecendo novos padrões de proteção no ambiente digital.
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