Mico-Leão-Dourado
Conheça um pouco mais sobre esse pequeno macaco que se tornou símbolo da Mata Atlântica.
Minúsculo, ágil e altamente social, o mico-leão-dourado cativou as pessoas em todo o mundo. Esse primata se tornou uma espécie emblemática, destacando o desaparecimento de seu habitat: a Mata Atlântica.
Habitat
Grandes rios, terras estéreis e plantações são barreiras intransponíveis para esses minúsculos macacos. Isolados por essas barreiras, muitos tipos diferentes de micos e saguis se agruparam na restrita área de mata atlântica que ainda existe no país.
Características
O pêlo comprido e sedoso do mico-leão-dourado, particularmente nos ombros, dá-lhe uma juba semelhante a um leão. Os micos são alguns dos menores membros da família dos primatas. Eles têm entre 20 e 36 cm de comprimento, isso sem incluir a cauda. Esses animais pesam menos de 900 gramas.
A distribuição histórica do mico-leão-dourado não é bem conhecida. Hoje, está confinado a três pequenas áreas no sudeste do Brasil. A primeira estimativa populacional feita destes animais estimava de 400 a 500 animais no ano de 1972. O número foi reduzido para menos de 200 em 1981. Estudos de 2017 sugerem um aumento expressivo dessa espécie: pode haver até 3000 micos-leões-dourados na natureza.
Estes minúsculos macacos são rápidos, acrobáticos e analíticos. Os micos-leões têm garras afiadas e curvadas nos dedos dos pés para agarrar troncos e ramos de árvores. A maioria dos outros macacos tem unhas planas, como as unhas humanas.
Alimentação
Os micos são diurnos, alimentando-se de insetos, pequenos vertebrados e frutas. Esses animais têm requisitos de habitat muito específicos, por isso ainda há necessidade de preservação da espécie. Eles vivem em unidades familiares territoriais de até 15 indivíduos. Grupos geralmente são compostos de um par reprodutor, seus descendentes e outros parentes próximos.
Além da destruição do seu habitat, os micos-leões-dourados foram caçados como alimento, capturados para o comércio de animais de estimação, exibidos em zoológicos e usados em pesquisas biomédicas. Eles também sofreram com a perseguição de habitantes locais durante surtos de febre amarela.
A maior parte da área onde os micos ocorrem na natureza foi declarada como reserva natural em 1980. Entretanto, a área é mal protegida. É proibido o comércio deste animal e o abate da espécie.
Um programa intensivo de reintrodução permitiu a liberação de micos na área protegida da Mata Atlântica. A mortalidade, no entanto, ainda é alta. Quando os micos nascidos no zoológico são libertados na floresta, ficam desorientados e não sabem como se alimentar.
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