Millennials encaram a meia-idade e descobrem que não é tudo o que esperavam

Os millennials estão experimentando uma crise de meia-idade, que é muito diferente das gerações anteriores. Este grupo, composto por milhões de pessoas com idades entre 27 e 42 anos, está se aproximando dos 40 anos. No entanto, o que antes era um tempo uma época de crise repleto de rebeldia, para os millennials é completamente diferente.

Não há a compra de um carro financiado ou um divórcio. Esses eventos não fazem parte da realidade dessas pessoas. Os millennials casaram-se recentemente, não possuem uma casa e já experimentaram muita angústia existencial, agravada ainda mais pela quantidade de informação que sai das telas dos smartphones, o que impacta ainda mais a saúde mental.

Os millennials atuais estão constantemente mudando de emprego, relacionamentos e residências alugadas, o que os diferencia da percepção mais comum da crise de meia-idade, que começa aos 40 anos e termina aos 60.

Ao atingir os 40 anos, as pessoas costumavam acordar e descobrir que tudo o que havia sido material em sua vida havia sido adquirido. Eles tinham os filhos, a casa e a renda estável. No entanto, os millennials não têm a mesma experiência. Eles não compram um carro esportivo para fazer alarde ou se divorciam porque não são casados ou esperaram mais tempo para encontrar “a pessoa especial”. Eles estão mais preocupados com o aumento do custo de vida e com a redução das emissões de carbono.

Desde que se formaram no ensino médio, os millennials mais velhos experimentaram uma série de crises econômicas, políticas e ambientais. Isso incluiu recessões, desastres climáticos, booms imobiliários e a pandemia de Covid.

Eles aceitaram que não têm controle externo sobre as crises que acontecem no mundo. Portanto, buscam a estabilidade que a crise de meia-idade anterior procurou evitar. Não é surpresa que os millennials estejam procurando segurança e estabilidade, já que tiveram que enfrentar tantas crises durante suas vidas.