Ministério da Justiça anuncia R$ 150 milhões para ampliação de rondas escolares
Dino anunciou a medida em entrevista no Palácio do Planalto.
Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, anunciou que vai liberar cerca de R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país. A medida foi tomada após mais uma tragédia ocorrida na manhã da última quarta-feira (5), em Blumenau (SC), em que um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, matando quatro crianças e ferindo pelo menos outras três.
De acordo com a Polícia Civil catarinense, o autor do atentado foi preso após se entregar na central de plantão policial da região.
Dino anunciou a medida em entrevista no Palácio do Planalto, após se reunir com o presidente e outros ministros.
“O valor incialmente é de R$ 150 milhões, do Fundo Nacional de Segurança Pública, [destinados a] estados e municípios que detêm a competência constitucional para fazer esse patrulhamento ostensivo. Os editais devem ser publicados na semana que vem”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública.
Além dessa medida, a pasta anunciou que irá intensificar o monitoramento de ameaças e planejamento na internet de ataques a escolas. No total, 50 policiais federais passarão a monitorar exclusivamente esse tipo de crime, a partir de uma central da da Divisão de Operações Integradas (Diop), vinculada à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Grupo de trabalho decretado pelo presidente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também agiu e anunciou que será criado, por meio de decreto, um grupo de trabalho interministerial sob coordenação do Ministério da Educação.
Camilo Santana, atual Ministro da Educação, disse que o grupo envolverá ainda os ministérios da Justiça e Segurança Pública, Saúde, Esporte, Cultura, Comunicações, Direitos Humanos e Secretaria-Geral da Presidência.
“Esse decreto criando esse grupo de trabalho [é para que] possamos ouvir os secretários de educação, prefeitos, especialistas, e a gente poder construir políticas de prevenção à violência nas escolas, que possam garantir não só prevenção, mas ações imediatas e concretas”, afirmou Camilo.
O grupo terá duração inicial de 90 dias e deverá propor medidas diversas, incluindo eventual edição de decretos e projetos de lei de enfrentamento a esses crimes.
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