MEC abre consulta pública para avaliar o Novo Ensino Médio

Foi aberta na última quinta-feira (9), uma consulta pública para avaliar e reestruturar o Novo Ensino Médio (modelo aprovado em 2017 e implementado gradualmente em 2022), pelo Ministério da Educação (MEC). O modelo citado aumenta a carga horária dos colégios, muda a distribuição de disciplinas no currículo e possibilita que os alunos escolham em quais áreas desejam estudar.

Embora tenham pontos positivos, o Novo Ensino médio vêm enfrentando críticas pela maneira como estão sendo implementadas no dia a dia dos estudantes.

Detalhes sobre a consulta pública

O MEC decidiu ouvir setores, como a sociedade civil, a comunidade escolar, equipes técnicas dos sistemas de ensino, pesquisadores e especialistas em educação para debater a necessidade de reformular o Novo Ensino Médio. Nesse sentido, haverá audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais.

Camilo Santana, atual Ministro da Educação, se pronunciou sobre o problema dos itinerários formativos, áreas de conhecimento eletivas que as escolas ofertam aos alunos.

“A grande preocupação é como as escolas podem ofertar todos os itinerários. Há uma questão de desigualdade, vamos ver como corrigir isso, vamos aprofundar o debate ouvindo especialistas”, afirmou Santana.

De acordo com portaria do MEC, publicada no Diário Oficial da União, a consulta pública durará 90 dias, podendo ser prorrogada. A partir dela, a Secretaria de Articulação Intersetorial e os sistemas de ensino elaborarão um relatório final e o encaminharão para a o ministério avaliar.

Possíveis mudanças no Enem 2024

Com o Novo Ensino Médio, a intenção era mudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2024, para que ele avaliasse de acordo com as mudanças implementadas no currículo do ensino médio. Se alterado, a prova passaria a ser dividida em duas etapas (uma igual para todos, e outra referente ao itinerário formativo escolhido pelo aluno).

Camila Santana afirmou que o prazo para atualizar o Enem continua sendo em 2024.”Nós queremos acelerar esse processo, pra que possamos fazer as mudanças necessárias — mudanças que serão orientadas e decididas para que a gente não prejudique em nada os nossos jovens brasileiros”, disse.