Ministro da Educação defende corte do Bolsa Família de aluno agressor

O novo ministro da educação assumiu após a saída de Ricardo Vélez Rodríguez do ministério. O ministro afirma que irá cumprir as metas do plano de governo.

O novo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi empossado em cerimônia na última terça-feira (09). Na ocasião, o ministro afirmou que seu trabalho será voltado para cumprir o que está no plano de governo.

Abraham Weintraub é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além disso, é mestre em Administração na área de Finanças pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV), e graduado em economia pela USP.

Weintraub assume a pasta após a saída de Ricardo Vélez Rodríguez do ministério. O ex-ministro estava na cerimônia e afirmou que entregou o cargo sabendo que tudo na pasta está em funcionamento.

O novo ministro começa suas funções com um discurso um pouco mais apaziguador que o anterior. Weintraub afirmou para Folha de S. Paulo que sua administração não será voltada para “caçar comunistas”.

Além disso, ainda disse que nenhuma mudança será feita no cronograma do Enem. Outro ponto esperado era a promessa de que Bolsonaro iria ler as questões do exame antes das provas, o que foi negado pelo administrador.

Alunos Agressores

Entretanto, o ministro já adiantou que quer tomar providências sobre alunos agressores. Uma delas é que, em casos de agressão, professores devem chamar a polícia e registrar boletim de ocorrência. Além disso, em entrevista ao R7, Weintraub disse que:

“Se o aluno agride, o pai é responsável. O professor tem de fazer boletim de ocorrência. Chama polícia, os pais vão ser processados e, no limite, tem de tirar o Bolsa Família dos pais e até a tutela do filho. A gente não tem de inventar a roda. Tem que cumprir a Constituição e as leis ou caminhamos para barbárie. Hoje, há muito o “deixa disso”, “coitado”. O coitado está agredindo o professor”, destacou.

Independência

Embora haja aproximação do Governo Bolsonaro com as ideias de Olavo de Carvalho, Abraham Weintraub disse na entrevista que suas ideias e ações dentro da pasta não serão sempre de acordo com os pensamentos do ideólogo.

Além disso, ainda afirmou que sua gestão não precisa necessariamente agradar o guru de Bolsonaro, e que o presidente confia em seu trabalho e busca os resultados.“O presidente me deu carta branca para formar o time. Ele me pediu para entregar tecnicamente os melhores resultados. Não estou lá para fazer barulho.”

Universidades Federais

Ainda na entrevista, o novo Ministro da Educação afirmou que o Brasil gasta muito dinheiro com produção cientifica: “O Brasil gasta muito e a produção científica com resultados objetivos para a população é baixa. Precisamos escolher melhor nossas prioridades“.

As verbas destinadas para a área vem passando por quedas nos últimos anos. Em 2010 eram R$ 10 bilhões, enquanto em 2017 foram R$ 4,8 bilhões. Atualmente, foi anunciado por Bolsonaro um corte de 42% no orçamento destinado à Ciência e Tecnologia.

Ainda sobre as universidades federais, o administrador afirmou que pode sim alterar os reitores das instituições. Isso porque, mesmo que haja eleições internas, os nomes na lista tríplice podem ser alterados pelo Ministério da Educação. O ministro não apresentou quais serão os critérios para tal mudança.

Quanto a Política de Cotas, Fies e ProUni, o ministro disse que nenhuma mudança será realizada no momento.

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