Misterioso Planeta 9 pode realmente existir, afirmam cientistas

As evidências e simulações, segundo cientistas da Caltech, apoiam a existência do enigmático Planeta 9.

A hipótese do Planeta 9 foi inicialmente proposta pelos astrônomos Konstantin Batygin e Mike Brown da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia – Estados Unidos) no ano de 2015.

Eles observaram anomalias nas órbitas de objetos transnetunianos (OTNs) que não poderiam ser explicadas apenas pela presença dos planetas conhecidos.

A teoria sugere que um planeta adicional, com uma massa significativamente maior que a da Terra, está influenciando esses objetos além de Netuno.

Planeta 9 realmente existe? Confira evidências atuais

As evidências mais recentes que suportam a existência do Planeta 9 incluem a detecção de objetos com órbitas alinhadas de uma maneira que só pode ser explicada pela presença de um grande corpo celestial.

Essas observações são complementadas por simulações computacionais que mostram como um planeta adicional poderia ter se formado e mantido essas órbitas.

O Observatório Vera C. Rubin (Cerro Pachón, Chile), que está agendado para iniciar operações em breve, desempenhará um papel crucial em futuras observações para localizar o Planeta 9.

O Observatório Vera C. Rubin (Cerro Pachón, Chile) entrará em operação ainda em 2024 e será fundamental para as observações do Planeta 9. Imagem: Observatório Vera C. Rubin/Reprodução

Simulações computacionais

As simulações computacionais são fundamentais para testar a hipótese do Planeta 9.

Elas modelam a dinâmica do sistema solar externo, incluindo as interações gravitacionais entre todos os grandes planetas, a maré galáctica e influências de estrelas próximas.

Essas simulações ajudam a entender como as órbitas dos objetos transnetunianos são afetadas por um hipotético nono planeta.

O que os cientistas estimam sobre o Planeta 9

A gravidade do Planeta 9 teria um impacto significativo nos objetos transnetunianos, puxando suas órbitas de maneira que se alinhem com as previsões teóricas.

Além disso, os pesquisadores apontam que a massa do Planeta 9 seria 10 vezes maior do que a Terra, sendo similar em tamanho a Netuno ou Urano.

Estima-se que a órbita do Planeta 9 seja aproximadamente 20 vezes mais afastada do Sol do que a de Netuno, cuja órbita tem cerca de 4,5 bilhões de quilômetros de distância média do Sol.

Se realmente existir, o Planeta 9 demoraria entre 10 mil e 20 mil anos terrestres para realizar uma volta completa ao redor do Sol, um contraste significativo com os 165 anos que Netuno leva para completar sua órbita.

A órbita do Planeta 9 é aproximadamente 20 vezes mais afastada do Sol do que Netuno, segundo os cientistas. Imagem: MagentaGreen/Wikimedia Commons/Reprodução

Observações futuras

O Observatório Vera C. Rubin será fundamental nas observações futuras do Planeta 9, utilizando sua câmera digital de grande porte para vasculhar o céu em busca de sinais desse planeta distante.

Essas observações ajudarão a confirmar ou refutar a presença do Planeta 9 através de evidências diretas de sua existência.

E a confirmação da existência do Planeta 9 teria enormes implicações para a ciência astronômica, alterando fundamentalmente nossa compreensão do sistema solar e potencialmente levando à reclassificação de corpos celestes.

*Com informações de Newsweek, Fox News Phoenix e TecMundo.

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