Modos verbais
Os modos verbais exprimem uma ideia de acordo com o falante e o fator que é expresso. São divididos em três: modo indicativo, modo subjuntivo e modo imperativo.
Você já deve saber que a gramática da língua portuguesa não é, digamos, fácil, não é mesmo? Livro que reúne as regras do nosso código, a gramática normativa apresenta inúmeras particularidades que devem ser estudadas por quem deseja dominar a modalidade escrita desse que é um dos mais belos idiomas do mundo. Para isso, é preciso dedicação e um bocado de paciência, afinal de contas, não basta decorar as normas, é preciso entendê-las. Além disso, é indispensável que o estudante fique atento às várias exceções listadas em nossa gramática.
Para que você fique por dentro das regras (e das exceções) gramaticais, o Escola Educação vai falar hoje sobre os modos verbais. Afinal, sabe o que são modos verbais? Acompanhe a explicação abaixo e bons estudos!
Modos verbais
(modo indicativo, modo subjuntivo e modo imperativo)
Os modos verbais estão relacionados ao estudo dos verbos, classe de palavra variável que admite flexão de número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), tempo (presente, pretérito e futuro), voz (ativa, passiva e reflexiva) e modo (indicativo, subjuntivo e imperativo). Os modos verbais estão relacionados às atitudes de quem fala ou escreve, exprimindo a posição do falante diante de uma posição verbal. Graças aos modos verbais o enunciador pode explicitar intenções e juízos de valores.
Observe as definições dos modos verbais indicativo, subjuntivo e imperativo, assim como suas situações de uso:
Modo indicativo: É empregado quando a atitude do enunciador revela ser aquele fato sobre o qual se escreve ou fala, algo real, verdadeiro:
- Trabalho no escritório da empresa.
- A mãe fazia lindos vestidos para complementar a renda familiar.
- O trem partiu da estação às três horas da tarde de domingo.
O modo indicativo possui os seguintes tempos verbais:
→ Presente: Serve para falar de um hábito ou de fatos que ocorrem frequentemente:
- Carlos acorda cedo todos os dias.
- Ele está indo passar um tempo na Europa.
→ Pretérito perfeito: Expressa ação concluída:
- Marina entregou os livros na biblioteca.
→ Pretérito imperfeito: O pretérito imperfeito é utilizado para falar de um hábito ou acontecimento que ocorria no passado com frequência, indicar continuidade em relação a outro fato que também ocorria no passado e para falar do que era presente em um momento do passado que se está descrevendo:
- Ela percorria o mesmo trajeto todos os dias.
→ Pretérito mais-que-perfeito: O pretérito mais-que-perfeito é utilizado quando denota uma ação anterior a outra já passada e na substituição nos verbos no futuro do pretérito do modo indicativo e no pretérito imperfeito do modo subjuntivo, de caráter estilístico:
- Ele nos falou sobre as histórias que aprendera com o pai.
→ Futuro do presente: Exprime ações que vão acontecer no futuro:
- Eu criarei um novo método para ensinar inglês para meus alunos.
→ Futuro do pretérito: O futuro do pretérito, também chamado de condicional é usado para falar de um acontecimento futuro em relação a outro já ocorrido, fato que poderá ou não ocorrer, algo incerto fazendo hipóteses ou suposições, surpresa ou indignação sobre um evento ou dar sugestões e fazer pedidos de maneira mais educada:
- Eu nunca faria isso se fosse você.
Modo subjuntivo: É empregado quando a atitude do enunciador revelar conteúdos emocionais que expressem ideias de dúvida ou incerteza:
- Se tudo der certo, viajaremos na sexta-feira à tarde.
- Talvez eu vá na festa da escola.
O modo subjuntivo possui os seguintes tempos verbais:
→ Presente: Indica uma possibilidade, um fato incerto no presente.
- Preciso que você fale com seu irmão sobre nossa viagem ao Rio de Janeiro.
- Que eu – fale
- Que tu – fales
- Que ele – fale
- Que nós – falemos
- Que vós – faleis
- Que eles – falem
→ Pretérito imperfeito: Indica a possibilidade de um fato ter acontecido ou não.
- Ficaria muito chateada se ele falasse comigo daquela maneira.
- E se nós falássemos com a diretora sobre a nossa formatura?
- Se eles falassem de maneira clara, não haveria tantos mal-entendidos.
- Se eu – falasse
- Se tu – falasses
- Se ele – falasse
- Se nós – falássemos
- Se vós – falásseis
- Se eles – falassem
→ Futuro: Indica a possibilidade de um fato vir a acontecer.
- Faça silêncio quando eles falarem.
- Espero que todos façam silêncio quando nós falarmos.
- Quando eu falar com você, apenas ouça, não diga nada.
- Quando eu – falar
- Quando tu – falares
- Quando ele – falar
- Quando nós – falarmos
- Quando vós – falardes
- Quando eles – falarem
Modo imperativo: É empregado quando a atitude do enunciador exprimir ideia de ordem ou pedido:
- Faça o favor de se comportar na escola!
- Fique quieto!
- Limpe a casa quando chegar do trabalho.
- Leia o livro para a prova de Literatura.
O modo imperativo, diferentemente do que acontece com os outros modos verbais, é indeterminado em relação ao tempo. Por se tratar de uma ordem ou pedido, infere-se que a ação ocorrerá no futuro. Não possui a 1ª pessoa do singular e nem a 3ª pessoa, a representação será feita pelo pronome você. Possui duas formas distintas:
→ Imperativo afirmativo:
- Pare você com essas sandices!
- Corra até lá e avise seu pai que iremos sair.
- Façamos o bem sem olhar a quem.
→ Imperativo negativo:
- Não ouças o que ele vai dizer.
- Não façam com os outros o que vocês não querem que seja feito com vocês.
[box type=”info” align=”” class=”” width=””]Sintetizando: No modo indicativo, a definição dos tempos verbais pode ser facilmente notada. Nele, o ajuizamento é mais tênue. No modo subjuntivo, há uma situação intermediária, mas ainda com tempos verbais expressos. Ele é mais característico e evidente do que o modo indicativo. No modo imperativo a noção de tempo verbal é suprimida, havendo apenas as formas afirmativa e negativa. O juízo do emissor ganha ares de compromisso esperado do interlocutor. [/box]
Luana Alves
Graduada em Letras
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