Morte de estudante expõe falha TRÁGICA; universidade pede desculpas
Universidade de Cardiff deu informações incorretas que resultaram em uma tragédia.
A Universidade de Cardiff, no País de Gales, enfrenta críticas após um grave erro de comunicação que culminou na morte de uma estudante.
Mared Foulkes, de 21 anos, recebeu informações incorretas sobre seu desempenho acadêmico, o que a levou ao suicídio. A notícia comoveu a comunidade e gerou debates sobre as práticas administrativas da instituição.
Erro de comunicação grave
Em julho de 2020, Mared recebeu um e-mail informando que havia sido reprovada em um exame crucial. No entanto, a jovem havia sido aprovada com 62%, muito acima do que inicialmente foi comunicado.
A correção do erro só ocorreu após o seu falecimento, mas ainda assim deixou os seus familiares devastados. A falha expôs lacunas no sistema de comunicação da universidade.
Durante o inquérito, realizado em 2021, a mãe de Mared, Iona Foulkes, enfatizou o impacto devastador de tal equívoco. Segundo Iona, a filha acreditava não poder retornar à universidade, o que ampliou a angústia da jovem. A tragédia destacou a necessidade de melhorias na comunicação institucional.
Jovem tinha 21 anos quando recebeu a informação errada da universidade – Imagem: reprodução/arquivo pessoal
Consequências do erro
Na audiência, a legista Katie Sutherland criticou a complexidade e a falta de clareza nos métodos utilizados pela universidade para divulgar resultados acadêmicos.
Para Sutherland, o caso de Mared é um exemplo trágico de como uma comunicação falha pode ter consequências devastadoras.
Em resposta ao incidente, a Universidade de Cardiff se desculpou publicamente e prometeu revisar suas práticas de comunicação e melhorar a clareza e o tom das mensagens enviadas aos estudantes.
Ações foram iniciadas para prevenir incidentes semelhantes no futuro.
Com o objetivo de proteger outros estudantes, os pais de Mared se engajaram na campanha “For the 100”, que visa alertar sobre as aproximadamente 100 mortes anuais de universitários por suicídio no Reino Unido.
Assim, eles defendem políticas mais efetivas de apoio à saúde mental.
Saúde mental e privacidade
O caso também trouxe à tona questões sobre o apoio psicológico nas universidades. Segundo Iona, Mared buscou ajuda na instituição meses antes de sua morte, mas essa informação chegou tarde à família.
O debate agora inclui a criação de um sistema “opt-out” (optar por sair) para informar familiares sobre questões de saúde mental, respeitando a privacidade dos alunos.
Embora aberta à discussão, a Universidade de Cardiff reafirma a importância de manter a privacidade dos estudantes. No entanto, está disposta a dialogar sobre medidas de segurança para a saúde mental.
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