Movimentação de placas tectônicas está criando um novo oceano, segundo cientistas

O fenômeno, que está ocorrendo sob uma das placas da África, é lento e só deve trazer efeitos práticos daqui há milhões de anos.

Um grupo internacional de cientistas têm observado com atenção a movimentação das placas tectônicas localizadas na região nordeste da África, mais especificamente onde está localizado o chamado “chifre” do continente.

De acordo com os estudiosos, essas placas estão se separando há, pelo menos, 30 milhões de anos, num processo que já deu origem ao Mar Vermelho e continua dividindo o continente.

Com isso, os geólogos acreditam que no futuro um novo oceano pode acabar se formando, à medida que a África for se soltando definitivamente do Oriente Médio.

As consequências

(Imagem: divulgação)

Antes de qualquer coisa, vale frisar que, caso realmente ocorra, essa ruptura continental e a consequente formação de um novo continente não devem acontecer tão cedo. Movimentos geológicos de proporções titânicas como esse demoram milhões de anos para se concretizarem.

Porém, se de fato se tornarem reais essas mudanças devem mexer completamente não só na aparência dos mapas, mas também na estrutura geológica de todo o planeta.

A formação de um novo oceano significa o surgimento de novas áreas litorâneas e o isolamento de outras massas de terra. No caso da África, países como Uganda e Zâmbia, que atualmente não têm acesso ao mar, passariam a ter.

Algo único

O caso que acontece com as placas do nordeste africano é uma ótima oportunidade para estudar as transformações geológicas do nosso planeta.

Em entrevista concedida à emissora NBC News, o estudante de doutorado na Universidade de Leeds Christopher Moore, que observa essa movimentação, destacou a singularidade desse evento.

“Este é o único lugar na Terra onde você pode estudar como uma fenda continental se torna uma fenda oceânica”, afirma o estudioso.

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