Após mudança em contratos de exclusividade, iFood pode ficar mais barato para consumidores
Rappi, empresa concorrente do iFood, moveu ação contra a empresa em 2020 e mudou as regras para contratos de exclusividade.
Se você é do tipo que gosta de comparar preços antes de fazer uma compra, especialmente quando se trata de comida, já percebeu que o iFood possui algumas lojas exclusivas – especialmente de grandes redes. A Rappi, principal empresa adversária, sentiu-se prejudicada com esses contratos de exclusividade e moveu uma ação em 2020 e que foi concluída há poucos dias. Descubra como a mudança nas regras do iFood após ação da Rappi pode beneficiar consumidores:
Novos contratos de exclusividade com iFood
Aplicativos de delivery de comida se tornaram bons aliados para diversos públicos. Seja para aqueles que não gostam de cozinhar, para os que não têm tempo ou para os que gostam de diversificar, pedir comida via iFood ou aplicativos correlatos é uma “mão na roda”. Porém, quem gosta de comparar preços antes de realizar a compra já pôde perceber que há algumas lojas que abrem apenas no iFood.
Devido a isso, empresas concorrentes não estão satisfeitas com alguns contratos de exclusividade. A Rappi, especificamente, moveu uma ação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra o iFood, e, a partir de 2023, a empresa n° 1 em entregas precisará se adaptar às mudanças propostas. Entenda mais sobre o caso:
Qual o argumento usado pela Rappi contra o iFood?
O iFood estabelece contrato de exclusividade com alguns restaurantes e lanchonetes parceiras. Por esse motivo, é bem comum que você encontre certas redes famosas disponíveis apenas lá. A Rappi não se mostrou nada contente com isso e alegou que esse modelo de exclusividade estava atrapalhando a livre concorrência no setor. Essa ação, feita em 2020, só foi solucionada neste ano.
Como funciona o contrato de exclusividade?
Antes da mudança nas regras, o iFood oferecia melhores condições de taxa e divulgação das lojas parceiras em troca de exclusividade no anúncio e na venda dos seus produtos.
Novas regras de exclusividade
Após determinação do Cade, a gigante de delivery de comida precisará se adaptar e respeitar os acordos realizados. Os novos contratos de exclusividade precisarão ser modificados de acordo com as regras, vigentes por quatro anos. São elas:
- Novos contratos de exclusividade só podem ter limite de dois anos;
- Apenas 25% das vendas do iFood podem ser feitas por parceiros exclusivos;
- É vetada a assinatura de contratos de exclusividade entre lojas com mais de 30 estabelecimentos;
- Os contratos que possuem mais de dois anos devem ter quarentena mínima de um ano.
Isso irá impactar a população na medida em que a concorrência entre os aplicativos irá aumentar. Por isso, eles terão que propor novas formas de atrair a clientela – seja através da diminuição dos custos para os restaurantes, seja através do fornecimento de cupons de descontos.
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