Mudanças na educação proporcionam novas oportunidades de carreira

Que a educação não é mais a mesma não é uma novidade. No entanto, o que esta mudando no cenário, pode ser aplicado em outras áreas.

As formas tradicionais de educação estão cada vez mais distantes das novas tecnologias empregadas no mercado de trabalho. Apesar das mudanças no contexto educacional, o modelo adotado na maioria das escolas públicas do Brasil é da data de 1830.

Os moldes tradicionais são pautados no aluno enquanto um sujeito passivo, ao mesmo tempo que o professor é visto o sujeito principal, responsável por transmitir os conhecimentos e formação aos estudantes, que simplesmente os decora.

Entretanto, este tipo de ensino pouco reflete na sociedade atual, uma vez que as inovações tecnológicas caminham a passos largos. É possível ilustrar essa discrepância mediante a análise dos dados de um estudo feito pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2016.

Segundo os dados levantados, aproximadamente dois terços das crianças matriculadas no ensino fundamental naquele período, vão trabalhar em carreiras que ainda não foram criadas, as chamadas profissões do futuro.

A perspectiva é de que dentro de pouquíssimo tempo, até 2020, cerca de 35% das habilidades solicitadas pelas empresas sofram mudanças drásticas. Como consequência, mais de 7 milhões de empregos deixarão de existir.

Números como estes corroboram a necessidade de que a educação brasileira se adeque ao que está sendo solicitado pelo mercado de trabalho, local e mundialmente. Principalmente no sentido de estimular a o desenvolvimento de novas aptidões que vão atender às novas demandas.

Novas formas de educação

Na mentalidade de muitas pessoas, ao falar das mudanças da educação, quase que instantaneamente a ideia é a de algo extremamente tecnológico, envolvendo robôs, tecnologia de ponta e computadores de última geração.

Itens como este, podem sim, fazer parte das novas formas de educação. Entretanto, mudanças simples na estrutura educacional são capazes de reestruturar as formas tradicionais, principalmente no que diz respeito a forma de aprendizado.

Nesse sentido, deixar com o que o aluno seja parte ativa no processo de ensino é uma das ações que podem fazer com que os novos estudantes sejam pessoas mais reflexivas.

O intuito é que o professor seja um “mediador” dando as bases do conteúdo, mas permitindo que o aluno seja um sujeito crítico e construtor de ideias e soluções. Algumas escolas brasileiras, têm colocado em prática, com sucesso, modelos dessa natureza.

Escola pública x escola privada

Cenários inovadores como o descrito acima ainda parecem muito distante da realidade das escolas brasileiras. Enquanto as mudanças começam a acontecer nas redes privadas, em 2014, de acordo com dados do Inep, mais de 40% das escolas públicas de ensino fundamental sequer tinham rede de esgoto.

Esta realidade é um duro reflexo da sociedade brasileira, que pode ser ainda mais agravante quando pensamos o futuro. Uma vez que as inovações são focadas na elite, se não houver mudanças na educação pública, há poucas chances de que no futuro seus estudantes alcancem os melhores postos do mercado de trabalho.

Ainda que haja projetos isolados na rede pública e incentivos por meio de bolsas de estudos para alunos de baixa renda na rede privada, as ações são muito pequenas quando o olhar é voltado para o todo. Para que as mudanças sejam efetivas, todo o sistema público necessita de reestruturação, desde a base até as universidades.

Professores

Se as escolas atuais necessitam de mudanças, os professores e o modelo de ensinar também precisam passar por sérias transformações. Atualmente, são preparados para trabalhar o ensino tradicional e as mudanças na educação podem mexer profundamente com a profissão.

Isso porque nas novas propostas de educação os professores deixam de ser a figura principal da sala de aula e passam a agir como “facilitadores”, o que exige uma maior flexibilidade em relação ao modelo vigente.

Antes de tudo, o trabalho deve começar na formação oferecidas aos docentes. Uma queixa recorrente das escolas que já adotaram mudanças, é que apesar de existirem vagas, a formação dos candidatos não atende os requisitos das vagas. A solução, portanto, é submetê-los a formações complementares.

Mercado de trabalho

A discrepância entre as escolas e o mercado de trabalho já é muito visível. Enquanto a educação de preparar para dar os primeiros passos em relação a mudanças, o mercado espera, agora mesmo, encontrar talentos com formações que acompanhem esse desenvolvimento.

Isso faz com as empresas se empenhem cada vez mais em capacitar os funcionários já contratados. Segundo os gestores, ainda que as pessoas até tenham formação acadêmica, faltam competências que os possibilite a propor inovações.

Nesse sentido, as universidades corporativas estão caminhando a passos largos. Uma vez que não necessitam ser submetidas aos crivos do Ministério da Educação, elas podem trabalhar aquilo que o mercado deseja, ou seja, os profissionais são moldados para necessidades já existentes, e aquelas que porventura vão surgir.

Autoformação

Independente de todos os fatores, a máxima de que devemos ser eternos aprendizes nunca esteve tão em alta. Independente da formação e das ambições em relação ao mercado de trabalho, todos devem estar em constante atualização.

Ainda que a formação básica ainda apresente sérias deficiências, hoje a internet trabalha como uma importante auxiliar, aproximando os estudantes de todo tipo de formação e aprendizado.

Assim, as pessoas necessitam dedicar-se cada vez mais a autoformação e o desenvolvimento de novas habilidades, principalmente naquilo que diz respeito a capacidade de apresentar soluções e lidar com todos os tipos de inovação.

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