Nacionalismo

O nacionalismo é o termo que se refere ao orgulho que o sujeito tem de pertencer à sua nação.

Nacionalismo é um termo que surgiu por volta do século XIX no continente europeu no contexto de formação dos Estados Nacionais.

Esse conceito busca descrever o sentimento de orgulho que o sujeito tem de pertencer a uma determinada nação.

A pessoa nacionalista se sente orgulhosa em fazer parte de uma região, história, cultura ou por possuir uma determinada língua. Em alguns casos, esse sentimento envolve questões raciais.

Considerado um movimento político que valoriza todas as características de uma nação, o nacionalismo envolve indivíduos que comungam e se sentem parte integrante de uma identidade nacional.

Esse conceito passou a ser adotado pelas forças políticas influenciadas pelo iluminismo que rejeitavam os preceitos defendidos pelo absolutismo (Antigo Regime), tendo como objetivo a construção de um Estado Nacional constitucional e com viés democrático, em que as pessoas fossem cidadãs e não súditas.

Estado e nação

Para compreender o conceito de nacionalismo, é necessário entender alguns aspectos que diferenciam o Estado da nação:

  • Estado: é uma entidade administrativa que é subordinada a uma autoridade e formada por uma sociedade que habita o mesmo território. De modo geral, o Estado envolve os poderes administrativos e políticos de uma nação.
  • Nação: é um grupo de indivíduos que se ligam por vínculos culturais, históricos, linguísticos e econômicos. Ela pode se concentrar em vários Estados, assim como um Estado pode reunir diversas nações.

Sendo assim, o nacionalismo é o conceito que exalta o local ao qual o sujeito pertence.

É preciso salientar que existem nações que não são Estados. Em contrapartida, todo Estado é composto por nações.

Para exemplificar, podemos citar o caso dos indígenas. Todas as nações indígenas possuem sua língua, cultura e diferenças étnicas, contudo, elas não possuem autoridade para decidir sobre determinados assuntos, pois essa função é do Estado brasileiro.

Outro caso que pode ser citado é o dos curdos. Eles são um povo que vive espalhado entre Síria, Iraque e Turquia, mas não formam um Estado.

Nacionalismo brasileiro

O nacionalismo brasileiro foi adotado por alguns governos para justificar e legitimar determinadas ações políticas.

Quando o país sofreu o golpe do Estado Novo (1937–1945), o nacionalismo foi usado para legitimar as práticas de Getúlio Vargas, que envolveram, entre outras áreas, a industrialização da nação.

Carregado de um discurso anticomunista, nacionalista e autoritário, o Estado Novo foi um momento em que o país incentivou o nacionalismo de diversas formas, por meio de práticas populistas, da valorização do território nacional e da utilização de propagandas estatais.

As fronteiras comerciais foram fechadas visando o desenvolvimento interno da economia. Nesse sentido, Vargas investiu na criação de grandes empresas como a Petrobrás, Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional.

Durante a Ditadura Militar no Brasil, os governos militares investiram em campanhas nacionalistas com o objetivo de conquistar a simpatia dos brasileiros com slogans do tipo: Brasil, ame-o ou deixe-o.

Atualmente, para alguns estudiosos, o nacionalismo é identificado através da valorização da diversidade e da cultura do país.

Patriotismo

O patriotismo dialoga diretamente com o nacionalismo, pois ele é visto como uma das maneiras de simbolizar o nacionalismo.

No entanto, o patriotismo se relaciona com o amor, lealdade e identificação em relação ao país, ao passo que o nacionalismo trata de questões referentes à política.

Ufanismo

O ufanismo é o conceito que se refere às práticas nacionalistas extremas. O sujeito que o pratica, tem um extremo orgulho do seu país e o considera como o único digno de conquistas e prosperidade.

Por considerar o seu país superior ao demais, as práticas ufanistas podem abalar os laços sociais e políticos.

Do mesmo modo, o ufanismo pode incentivar práticas intolerantes como a xenofobia e o racismo, assumindo, assim, uma postura agressiva.

Saiba mais em: Populismo e as ditaduras na América Latina

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