Namorado de vereadora manipulou a cena do crime para parecer suicídio

Em 3 de março, o estado do Ceará testemunhou a morte de uma das políticas mais queridas da região, a vereadora Yanny Brena Alencar, presidente da Câmara de Juazeiro do Norte (CE). Na última semana, a Polícia Civil concluiu o caso, com base em amostras coletadas pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce), as quais indicaram que Rickson Lívio Pinto matou sua namorada, Yanny, e depois cometeu suicídio.

Saiba mais sobre o caso

De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez, em entrevista concedida à TV Verdes Mares Cariri, Rickson, namorado da vereadora, não aceitava o fim do relacionamento. Yanny enfrentou intensos conflitos com ele após terminar a relação.

A Polícia Civil concluiu que Rickson aplicou o golpe de luta “mata-leão” em Yanny e forjou o suicídio dela pendurando o corpo em uma corda enquanto ainda estava viva. Em seguida, ele cometeu o suicídio.

O perito geral do Ceará, Júlio César Torres, afirmou publicamente que existem sinais vitais que comprovam que Yanny reagiu quando foi posta na corda para simular o suicídio e que foi aplicado o golpe de luta com extrema força. Além disso, a perícia encontrou o DNA de Rickson na corda em que o corpo dela havia sido amarrado.

O laudo do médico legista indicou que houve uma agressão intensa contra Yanny antes da morte, com várias lesões internas e externas, incluindo uma característica nas regiões afetadas durante o “mata-leão”.

No dia anterior ao crime, Yanny já apresentava marcas de lesões no corpo, o que também configura uma possível agressão que vinha sofrendo por ter terminado o relacionamento. As hipóteses iniciais giravam em torno de um duplo suicídio, mas foram descartadas pela investigação.