Não era bem assim: saiba a verdade sobre 5 fatos ligados ao Egito Antigo

Fatos históricos precisam ser analisados com muita atenção, pois geralmente escondem mais detalhes do que aparentam.

O Egito Antigo é uma das civilizações mais fascinantes e estudadas da história, conhecido por suas contribuições duradouras para a cultura, a ciência e a arte.

Durante milênios, a civilização egípcia floresceu ao longo do rio Nilo, desenvolvendo uma sociedade complexa e avançada.

A imensidão de monumentos, como as pirâmides de Gizé e o Vale dos Reis, além dos intrincados rituais religiosos e a rica mitologia, despertaram a curiosidade e a admiração de pessoas ao redor do mundo.

Isso tudo chegou ao ponto de surgir uma ciência dedicada exclusivamente ao estudo do Egito dos faraós: a egiptologia. Essa disciplina é singular, pois nenhuma outra civilização antiga recebeu tanta atenção acadêmica.

Através desse escrutínio intenso, muitos aspectos da vida no Egito Antigo foram desvendados, como os rituais funerários, a mumificação, a religião, e a estrutura de governo.

No entanto, ao longo do tempo, também surgiram diversos mitos que acabaram se consolidando como “verdades”. Neste artigo, vamos explorar e desmistificar cinco dos mitos mais comuns sobre o Egito Antigo.


Egito Antigo causa fascínio graças às pirâmides e outros monumentos – Imagem: reprodução

1. O Egito já foi estudado o suficiente

Um dos mitos mais difundidos é a ideia de que o Egito Antigo já foi completamente estudado e que não há mais nada a ser descoberto.

Tal mito pode ter surgido devido à quantidade impressionante de pesquisas e descobertas arqueológicas realizadas ao longo dos últimos séculos.

No entanto, a verdade é que o Egito ainda guarda muitos mistérios. A egiptologia continua a evoluir, com novas tecnologias, como a tomografia computadorizada e a análise genética, revelando informações inéditas sobre múmias e monumentos.

Além disso, muitos sítios arqueológicos permanecem inexplorados, e a interpretação de textos antigos continua a apresentar desafios. Portanto, o estudo do Egito Antigo está longe de estar completo.

2. Cleópatra era uma mulher linda

Cleópatra VII é frequentemente retratada como uma das mulheres mais belas da história, uma imagem perpetuada por filmes e literatura.

Porém, a verdade é que a fama dessa Cleópatra, que foi a última rainha da dinastia ptolomaica e egípcia, não se baseava em sua beleza física, mas em sua inteligência, carisma e habilidades políticas.

Moedas e bustos da época mostram Cleópatra com características faciais comuns para os padrões da época, fora de um ideal de beleza estonteante.

Sua influência e poder derivavam de sua capacidade de governar e manipular alianças políticas, o que fez dela uma figura histórica imponente, independentemente de sua aparência.

3. Os servos dos faraós morriam com eles

Há uma crença popular de que os servos dos faraós eram mortos e enterrados com eles para servirem na vida após a morte.

Esse mito provavelmente se originou de práticas similares em outras culturas antigas e foi reforçado por representações artísticas e literárias.

No entanto, a realidade no Egito Antigo era diferente. Embora existissem tumbas com figuras humanas em miniatura, chamadas de shabtis, que eram destinadas a servir os faraós no além, os servos reais não eram sacrificados.

Os shabtis simbolizavam essa função e poupavam vidas humanas, refletindo um entendimento mais simbólico do serviço na vida após a morte.

4. Os egípcios adoravam a morte

Muitos acreditam que os egípcios eram obcecados pela morte, devido ao seu foco em rituais funerários e a construção de tumbas elaboradas. Contudo, esse é um mal-entendido.

Na verdade, os antigos egípcios valorizavam a vida e viam a morte como uma continuação dela. A mumificação e os rituais funerários eram meios de assegurar que o falecido pudesse viver eternamente no além.

Os egípcios acreditavam em uma vida após a morte rica e próspera, na qual poderiam continuar a desfrutar de tudo o que amavam na vida terrena. Portanto, o culto à morte era, na realidade, uma celebração da vida eterna.

5. As pessoas que descobriram a tumba de Tutancâmon foram amaldiçoadas

A descoberta da tumba de Tutancâmon por Howard Carter em 1922 deu origem ao mito da “maldição do faraó”, que supostamente vitimou aqueles envolvidos na escavação.

A ideia de uma suposta “maldição do rei Tut” ganhou força quando várias pessoas associadas à descoberta morreram em circunstâncias misteriosas. Porém, tal narrativa foi amplamente exagerada pela mídia da época e não possui bases científicas.

As mortes podem ser atribuídas a causas naturais ou a doenças comuns no momento, como infecções, e não a uma maldição.

Muitos dos envolvidos na escavação (58 pessoas ao todo) viveram por décadas após a descoberta, provando que o mito da maldição não passa de uma lenda sensacionalista.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.