NASA testa motor capaz de equipar nave que levará pessoas para Marte
A expectativa é de que dentro de 10 anos o Planeta Vermelho seja visitado por humanos.
Já não é de hoje que as grandes mentes da astrofísica e astronomia se dedicam a pensar formas de levar seres humanos ao espaço.
Atualmente, temos astronautas vivendo na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e já colocamos pessoas na Lua há cerca de cinco décadas atrás, algo que deve acontecer novamente em breve.
Contudo, os planos da NASA e até de empresas privadas como a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos, é levar pessoas à Marte. E o mais empolgante é que esse desejo pode estar perto de se concretizar.
Recentemente, a NASA concluiu mais um teste bem-sucedido no Rotating Detonation Rocket Engine (RDRE), um motor capaz de equipar naves tripuladas com destino ao Planeta Vermelho. Saiba mais a seguir!
A força necessária
Como é relativamente fácil imaginar, não deve ser nada fácil enviar pessoas, máquinas e suprimentos para outro planeta, mesmo que seja um “vizinho” como Marte.
Para ilustrar isso, basta pensar em como foi difícil até mesmo chegar à Lua, feito realizado em 1969, quando Neil Armstrong pisou em solo lunar pela primeira vez.
(Imagem: divulgação)
Contudo, a Lua está a cerca de 384 mil quilômetros da Terra, enquanto Marte pode ficar a até 401 milhões de quilômetros a depender de questões de alinhamento planetário. Ou seja, é infinitamente mais difícil chegar a Marte que à Lua.
Sabendo disso, a NASA se empenhou em criar equipamentos que fossem capazes de realizar essa viagem, e o RDRE está se mostrando um campeão nesse aspecto.
Testado pela última vez no Marshall Space Flight Center da NASA, no Alabama, o motor apresentou uma força de empuxo incrível, que indica uma alta capacidade de transporte interplanetário.
De acordo com Thomas Teasley, engenheiro chefe do projeto que deu origem ao RDRE, a capacidade do motor é fundamental para o desenvolvimento da exploração espacial.
“Isso demonstra que estamos mais perto de fabricar sistemas de propulsão leves que nos permitirão enviar mais massa e carga útil para o espaço profundo, um componente crítico para a missão da NASA até Marte”, disse ele.
A agência espacial norte-americana explica ainda que outros diferenciais do novo super motor são as suas peças, que resistem melhor ao calor, à pressão e ao frio extremos, e também seu método de propulsão, que utiliza basicamente explosões de combustível e oxigênio para funcionar.
Todo esse conjunto também barateia os custos de missões com combustível, o que torna o uso do RDRE ainda mais viável e promissor.
Vamos lá em Marte?
(Imagem: divulgação)
Apesar de promissor e provavelmente útil, o RDRE não é o único componente do projeto de colonização de Marte. Ainda existem muitos pontos a serem esclarecidos.
É necessário, por exemplo, analisar como tornar a atmosfera de Marte menos tóxica para os humanos (atualmente ela é composta por 96% de dióxido de carbono), entender o clima e a geologia do planeta, etc.
De qualquer forma, um método de propulsão para chegar ao nosso vizinho parece já ter sido desenvolvido e a NASA segue firme em seu objetivo de tornar o sonho de ir ao Planeta Vermelho possível. Nesse site a agência detalha o andamento desse ambicioso projeto.
* Com informações do portal Science Alert
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