A Lenda do Negrinho do Pastoreio

Simões Lopes Neto registrou a lenda gaúcha que tornou-se popular durante a campanha abolicionista durante o século XIX.

A história do Negrinho do Pastoreio é uma lenda afro brasileira, com influências europeias. Popular principalmente no sul, a história se passa na época da escravatura, quando maus tratos aos escravos era comum.

A lenda conta que um estancieiro malvado ordenou a escravo de quatorze anos que cuidasse dos seus cavalos novos. O garoto, entretanto, deixou escapar um cavalo baio. O estancieiro, furioso, o surrou com chicote e ordenou que fosse atrás do cavalo.

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O Negrinho do Pastoreio encontrou o cavalo pastando e tentou laçá-lo, mas falhou. Como punição, o fazendeiro resolveu amarrá-lo nu sobre um formigueiro e deixá-lo para passar a noite fria ali.

No dia seguinte, o estancieiro foi verificar o estado do menino, mas assustou-se ao encontrá-lo sem cicatrizes ou marcas, ao lado da Virgem Maria, e mais adiante o cavalo baio. O fazendeiro pediu perdão, mas o Negrinho partiu com o cavalo.

A partir de então, é costume na região sul, quando se perde algo, pedir ao Negrinho do Pastoreio e acender uma vela para encontrar o objeto – como uma espécie de São Longuinho no resto do país. Algumas versões contam que a vela deve ser acendida num mourão, outra em um formigueiro, outras ainda em um altar para Nossa Senhora.

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