Nem de mais, nem de menos: estudo aponta que falta de sono equilibrado traz riscos à saúde
A pesquisa apontou que tanto as pessoas que sofrem com insônia quanto aqueles que dormem mais do que deveriam ficam mais suscetíveis a infecções.
Um estudo realizado por estudantes de medicina da Universidade de Bergen. na Noruega, revelou uma ligação entre a qualidade do sono e a propensão a infecções. Os resultados foram publicados recentemente no periódico Frontiers in Psychiatry.
Influência dos hábitos de sono na sua saúde
Durante um período de seis meses em 2020, os alunos aplicaram questionários curtos sobre qualidade do sono e doenças em mais de 1,8 mil pacientes nas salas de espera de consultórios de clínica geral. Cada estudante coletou dados de 20 pacientes consecutivos, independentemente do motivo da consulta.
A análise das respostas revelou que as pessoas que dormem pouco ou demais têm maior probabilidade de apresentar infecções.
Os pacientes que relataram dormir menos de seis horas por noite tinham 27% mais chances de se queixarem de uma infecção, enquanto aqueles que dormiam mais de nove horas tinham um risco aumentado de 44%.
Segundo Ingeborg Forthun, autora principal do estudo, o fato de pessoas com problemas crônicos de sono, como insônia, ou que dormem pouco apresentarem maior risco de infecção não é surpreendente.
A falta de sono pode levar a um estado de sonolência e prejudicar o sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções.
No entanto, o estudo também apontou que pessoas com distúrbios crônicos de insônia têm um risco ainda maior de serem infectadas, indicando que a falta de sono crônica pode agravar a suscetibilidade a doenças.
O sono equilibrado é a chave
É importante ressaltar que o estudo tem algumas limitações, como o fato de os dados serem autodeclarados pelos pacientes e a falta de informações clínicas coletadas pelos médicos que lhes atenderam posteriormente.
Apesar disso, as conclusões fornecem informações valiosas, obtidas a partir de um grande grupo de pessoas e em condições do mundo real.
Essas descobertas sugerem que um sono equilibrado, com duração entre seis e nove horas por noite, pode ajudar a diminuir o risco de infecções e reduzir a necessidade de antibióticos.
Caso seja confirmada uma ligação direta entre doenças e uma boa qualidade de sono, isso poderia levar a uma redução no uso excessivo de medicamentos e a medidas preventivas para proteger as pessoas contra infecções antes mesmo que elas ocorram.
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