No futuro, o mundo terá média de temperatura na casa dos 70ºC, dizem cientistas

A pesquisa também revela um cenário catastrófico para a Terra, com as mudanças climáticas abruptas e espécies hoje dominantes correndo sério risco de extinção.

O debate sobre as mudanças climáticas está ganhando dados cada vez mais reais e alarmantes sobre como o futuro do planeta será afetado por cenários catastróficos.

Algumas previsões já consideram que o mundo enfrentará temperaturas de até 70°C e uma reorganização que criará um supercontinente.

Como exemplo, foi divulgado pela Universidade de Bristol na revista científica Nature, um estudo que reuniu pesquisadores britânicos e suíços para determinar projeções para a vida na Terra daqui a 250 milhões de anos.

Primeiramente, o resultado prevê um supercontinente que se formará quando uma nova organização tectônica tiver início. Batizado de Pangea Ultima, esse território será formado também por causa das erupções vulcânicas.

No entanto, a Pangea Ultima não é o único fator alarmante do estudo. De acordo com os pesquisadores, temperaturas extremas tomarão conta do mundo.

Em 2023, o Brasil e o mundo já enfrentam temperaturas superiores a 40ºC em diversas regiões, mas as atuais temperaturas serão superadas em níveis drásticos no futuro, determinando o fim de muitas espécies em um mundo “quente, seco e em grande parte inabitável”.

Assim, a habitabilidade planetária será afetada pelos extremos climáticos que vão levar todos os mamíferos terrestres à extinção.

(Imagem: Freepik/reprodução)

Extinção em massa com extremos climáticos

A formação do planeta Terra foi feita de grandes mudanças climáticas. Logo, a evolução dos mamíferos passou por um processo de adaptação que criou mecanismos termorreguladores que permitiram a esse grupo de animais, do qual os seres humanos fazem parte, sobreviver às mais diversas variações de temperaturas.

Entretanto, no futuro, o Sol emitirá mais energia do que acontece hoje, criando um ambiente inabitável para a vida dos mamíferos.

Possivelmente, apenas as espécies de mamíferos migratórios conseguirão sobreviver, mas, mesmo assim, a “estratégia migratória pode ser perigosa para os mamíferos devido aos desertos e à aridez em todo o continente”, apontam os cientistas.

Além disso, o calor terá grande impacto na atividade das erupções vulcânicas, aumentando a liberação de dióxido de carbono na atmosfera que, consequentemente, aumentará a temperatura do planeta.

“O supercontinente poderia criar um golpe triplo que compreenderia o efeito da continentalidade, sol mais quente e mais CO2 na atmosfera”, explicou Alexander Farnsworth, pesquisador da Universidade de Bristol que liderou o estudo.

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