No PIB, Brasil perde 2 pontos pela educação de baixa qualidade

O ensino brasileiro afetou o desenvolvimento na análise dos países desenvolvidos e agora está entre os últimos colocados do ranking.

Pesquisadores da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam que o Brasil perde 2 pontos percentuais no PIB (Produto Interno Bruto) anualmente por conta da educação precária oferecida. Na avaliação, foram feitas relações sobre como a educação é capaz de impactar um país.

Os pesquisadores consideram as análises do Pisa, organizada pela OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico) e pelo TIMSS (traduzido do inglês, Tendências em Matemática Internacional e Estudos em Ciência). A última avaliação do Pisa aconteceu em 2018, sendo publicado em 2019; o Brasil apresentou a média de 382 em matemática e a média a OCDE é 489.

A pesquisa também evidencia que o crescimento da riqueza que o país é capaz de desenvolver acontece pela qualidade educacional. As taxas apresentadas na escola, portanto, não são cruciais. A qualidade no ensino é o ponto principal para que as pessoas possam crescer financeiramente.

Educação no Brasil é investimento econômico

André Portela, professor da FGV e principal responsável pelo estudo revela que toda a condição necessária do crescimento humano sustentável é formado por um ciclo de virtudes.

“Não é só que o país produz mais, há melhora da vida das pessoas, em saúde, com menos criminalidade, salários mais altos, inovação, participação política”, analisou o professor. As escolas que garantem um ensino melhor, ainda de acordo com a pesquisa, demonstra uma redução na taxa de homicídios e qualidade em outros quesitos puramente sociais.

Os estudos fizeram com que Eric Hanushek, da Universidade de Stanford, concluísse em 2022 que os países da América o Sul ganhariam muito mais com o investimento da educação básica no nível do Pisa. Para ele, ainda no século XXI, os estudantes iriam render US$ 76 trilhões para seus países.

O país em desenvolvimento precisa ser aliado à qualidade na educação. O crescimento da economia de Portugal, Coreia do Sul, Polônia e Cingapura aconteceu por um longo investimento nas escolas e este é um exemplo básico de que a qualidade do ensino esteve acima da média.

Impacto do Pisa

Com a nota indicada da avaliação, grande parte dos estudantes brasileiros apresentou baixo rendimento nas matérias avaliadas: Matemática, Ciência e Leitura. A compreensão do texto, identificação de gráficos e contagem de números são problemas para a educação brasileira.

Esse desenvolvimento em baixa, caso perdure, vai garantir que o Brasil demore cerca de três décadas para atingir o nível do Japão. Certamente, esses dados baixos foram evidenciados pela pandemia da Covid-19.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.