Nova extinção em massa já começou: o que está acontecendo com a Terra?
Pesquisador britânico alerta sobre riscos iminentes de extinção em massa devido às mudanças climáticas.
O planeta Terra enfrenta a possibilidade de uma nova extinção em massa, caso as mudanças climáticas não sejam revertidas. Esse alerta vem de Hugh Montgomery, diretor do Centro de Saúde e Desempenho Humano da University College London, no Reino Unido.
Montgomery, autor do relatório de 2024 sobre saúde e mudanças climáticas publicado na revista The Lancet, destaca que essa extinção já está em curso, com os seres humanos sendo os principais responsáveis.
Suas observações ganharam destaque durante a inauguração do evento Forecasting Healthy Futures Global Summit, ocorrido em 8 de novembro, no Rio de Janeiro.
A escolha do Brasil para sediar o evento se alinha com a COP 30, marcada para novembro em Belém, no Pará. Durante sua apresentação, Montgomery alertou sobre a possibilidade de uma extinção em massa semelhante à do Período Permiano, quando 90% das espécies foram extintas devido a mudanças climáticas extremas.
Impactos climáticos crescentes
Foto: Escola Educação/Gerada por Gemini em 10/04/2025
Em 2024, a temperatura global atingiu 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Se essa tendência continuar, o aumento pode chegar a 2,7 °C até o final deste século. Isso porque, se atingirmos 3 °C, as consequências para a biodiversidade serão devastadoras.
Montgomery também enfatiza o aumento acentuado da concentração de CO₂ na atmosfera. Ele alerta que a extinção em massa já começou, com os humanos sendo os agentes desse processo. Um aumento de 1,7°C a 2,3°C pode ter efeitos drásticos.
- Colapso das camadas de gelo no Ártico.
- Desaceleração da Circulação Meridional do Atlântico.
- Elevação do nível do mar em vários metros.
Como frear a extinção em massa?
Montgomery destaca a necessidade urgente de uma redução significativa e imediata das emissões. Ele sugere que focar apenas na adaptação não é suficiente.
Além disso, o impacto econômico global pode ser devastador, com uma redução anual de até 20% na economia mundial, cerca de US$ 38 trilhões, a partir de 2049.
Pensar em medidas de adaptação é crucial, mas não deve substituir a redução das emissões. Montgomery destaca que enfrentar os sintomas não é suficiente; precisamos tratar a causa subjacente das mudanças climáticas para evitar um desastre global.
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