Nova proposição científica reafirma que a água da Terra veio do espaço

A nova perspectiva de estudo também pode impulsionar teorias que afirmam a existência de vida fora do sistema solar.

A Terra pode ter se formado de maneira mais rápida do que se acreditava anteriormente, reunindo pequenas pedras de tamanho milimétrico em um curto período de tempo, em vez de um processo prolongado.

Essa descoberta aponta que a água, essencial para a vida, não foi entregue à Terra por cometas gelados, mas sim atraída pelo nosso jovem planeta, absorvendo-a do ambiente espacial circundante.

A nova pesquisa apresentada sugere que, cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, pequenas partículas de poeira presentes no disco protoplanetário ao redor do Sol em formação teriam sido rapidamente atraídas e acumuladas para formar planetas.

Para os pesquisadores, no caso da Terra em formação, essa capacidade de atrair e acumular material do disco protoplanetário garantiu o suprimento de água em nosso planeta.

Essa descoberta tem implicações significativas na busca por vida em outros sistemas solares, indicando que a existência de planetas aquosos e habitáveis pode ser mais comum do que se acredita atualmente.

Os resultados desta pesquisa foram publicados recentemente na revista Nature.

Nova teoria redireciona a origem da água na Terra

De acordo com Martin Schiller, geoquímico da Universidade de Copenhague e membro da equipe responsável pela teoria, tem havido longos debates sobre a formação dos planetas.

Uma das teorias anteriores sugere que os planetas se formam gradualmente através da colisão de corpos ao longo de um período de 100 milhões de anos. Nesse contexto, a presença de água na Terra seria resultado de um evento aleatório.

Segundo Schiller, um exemplo de evento casual seria o bombardeio do planeta com cometas gelados durante os estágios finais de sua formação. Ele menciona que, se essa foi a forma como a Terra se formou, então ter água em nosso planeta é uma questão de muita sorte.

Além disso, ele afirma que isso reduz significativamente as chances de haver água em planetas fora do nosso sistema solar.

Com base no conhecimento preconcebido, os cientistas formularam a teoria de que, ao reduzir a dependência do acaso, aumenta a probabilidade de que outros planetas possam ter água em abundância.

A nova teoria sugere que a presença de água em outros corpos celestes pode ser mais comum do que se pensava anteriormente.

A equipe liderada pelo professor Martin Bizzarro propõe que sempre que um planeta semelhante à Terra é formado, a presença de água é inevitável.

Isso implica que, em sistemas planetários com um planeta orbitando uma estrela semelhante ao Sol, há uma alta probabilidade de encontrar água se o planeta estiver localizado na distância adequada.  

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