Nova tecnologia pode prever impactos de tsunami em segundos
Tecnologia artificial pode ser utilizada em qualquer desastre natural que seja sensível ao tempo.
O Japão é um dos países mais vulneráveis aos desastres climáticos, como furacões, terremotos e tsunamis. No ano 2011, a região nordeste do país foi atingida por um tsunami de impactos catastróficos, que levou a vida de mais de 18 mil pessoas. Desde o ocorrido, o Japão direciona esforços para prevenir que algo parecido ocorra no futuro.
Tecnologia asiática prevê tsunamis
Uma nova pesquisa feita pelo RIKEN Prediction Science Laboratory utilizou a inteligência artificial para prever corretamente os impactos produzidos por tsunamis em menos de um segundo. Ao menos é o que aponta um comunicado feito pela instituição.
Entre as informações divulgadas, o líder do trabalho e cientista Iyan Mulia disse que: “A maior vantagem do nosso método é a velocidade das previsões, o que é crucial para um aviso antecipado”. Ele também apontou que: “Tradicionalmente, as previsões são fornecidas depois de 30 minutos, o que é muito tarde, mas o nosso modelo pode fazer previsões dentro de segundos”.
Para que isso fosse possível, tiveram que instalar a maior rede de sensores disponível para monitorar o movimento do solo oceânico. Cerca de 150 estações no mar interligam essa rede, trabalhando em conjunto para conseguir avisar à equipe previamente quanto aos riscos da presença de um fenômeno do tipo.
Para que tudo possa funcionar de maneira correta, os dados gerados pelos sensores precisam ser convertidos em alturas de tsunamis e espalhados por toda a costa marítima, o que normalmente envolve solucionar equações não lineares complexas, o que pode levar cerca de 30 minutos em um computador comum.
Mais do que isso não permite que as pessoas evacuem o local em tempo hábil.
Isso apenas evidencia a importância do novo modelo de inteligência artificial da RIKEN. Seu pessoal treinou o sistema de machine learning com mais de 3 mil eventos de tsunami gerados por computador, que já foi testado em outras 480 situações do fenômeno e em três que realmente se concretizaram.
Dessa forma, as pessoas conseguem uma vantagem de pelo menos 30 minutos para evacuar os locais de risco, em comparação ao antigo método de previsão e aviso de catástrofe climática.
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