O colapso do varejo: as razões por trás do fechamento de grandes lojas no Brasil

Somente nos primeiros meses deste ano, mais de cinco grandes empresas fecharam lojas pelo Brasil, espalhadas em 10 pontos comerciais.

O fechamento de grandes varejistas nacionais tem se tornado cada vez mais frequente, com mais de 110 pontos comerciais fechados desde janeiro e outros 100 anunciando o encerramento de suas operações nos próximos meses.

Esse cenário alarmante está diretamente relacionado ao elevado endividamento das empresas, que tem sido acompanhado por um aumento significativo nos pedidos de falência e recuperação judicial.

O processo de endividamento das empresas tem contribuído para o declínio do setor varejista, resultando no fechamento de um número expressivo de lojas, apesar de não ser o principal motivo. Essa tendência tem levado muitas empresas a recorrerem à recuperação judicial como uma tentativa de reestruturação financeira.

Empresas têm enfrentado dificuldade e o cenário tem sido cada vez pior

Apesar da tensão ruim no ar, as dificuldades enfrentadas pelo setor vão além do endividamento, envolvendo também a concorrência acirrada, mudanças nos hábitos de consumo dos consumidores e o avanço do comércio eletrônico.

Os dados da Serasa Experian revelam que o primeiro trimestre deste ano registrou um aumento significativo nos pedidos de falência, com um crescimento de 44%. Além disso, os casos de recuperação judicial também apresentaram um aumento expressivo de 37,6%.

A conjuntura econômica desfavorável, combinada com o acúmulo de dívidas e a queda nas vendas, tem colocado muitas empresas em situação de fragilidade, buscando alternativas para reverter sua situação financeira e evitar a falência.

Um exemplo notável é o fechamento de lojas pela Renner, que encerrou operações em 20 estabelecimentos. No mesmo segmento, a Loja Marisa anunciou o fechamento de 51 pontos de venda, com previsão de encerramento de outros 40 nos próximos meses.

A Marisa alega estar repaginando os negócios, mas já alcança uma dívida de mais de R$ 882 mil.

O grupo Renner fechou um total de 20 lojas, sendo quatro da marca Renner, 13 da Camicado e três da YouCom. É relevante destacar que, apesar desses fechamentos, o grupo teve um crescimento em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando tinha 623 estabelecimentos.

Essa expansão indica que, embora algumas lojas tenham sido fechadas, o grupo Renner ainda está em uma posição favorável em termos de crescimento e presença no mercado.

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