O fim da era do dinheiro de papel e o início da moeda digital
A derrocada do dinheiro em cédulas e ascendência das formas de transações digitais é uma consequência direta da pandemia e a tendência da transição de relações financeiras para as plataformas digitais já pode ser vista no dia a dia.
A tecnologia esteve gradativamente presente na nossa vida, alcançando até mesmo as nossas relações monetárias. Nos últimos anos, principalmente com a criação da ferramenta Pix, o dinheiro em cédulas caiu em desuso, o que tornou as opções eletrônicas as mais preferidas entre os brasileiros. Dessa forma, a nossa sociedade caminha para um momento em que o dinheiro de papel deixará de ser utilizado.
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O uso de dinheiro de papel está em queda
As novas formas de realizar transações monetárias agravaram a decadência do dinheiro em cédulas. Esse foi um efeito diretamente ligado à pandemia da COVID-19, que obrigou que os bancos criassem novas formas de realizar movimentações financeiras. O exemplo óbvio dessa necessidade foi a criação da ferramenta Pix, pelo Banco Central, em fevereiro de 2020, o que mudou todos os panoramas de pagamento e ampliou as possibilidades no comércio.
Congresso Nacional planeja diminuir a circulação de cédulas ainda mais
Um Projeto de Lei com objetivo de reduzir a circulação de notas de papel, de autoria do deputado Lucas Vergílio, está, neste momento, em trâmite na Câmara dos Deputados. Se aprovado, o projeto criará limites para transações monetárias em cédulas e cheques em bancos e estabelecimentos. Dessa maneira, haverá um estímulo para transição do modelo monetário em papel para as transações eletrônicas, diminuindo progressivamente a utilização de dinheiro em papel no país.
Banco Central planeja criar uma moeda digital
Atualmente, o Banco Central do Brasil estuda a criação de uma moeda eletrônica, o real digital, até o ano de 2024. Apesar de ter o mesmo valor monetário, não será possível realizar a conversão direta em dinheiro de cédulas.
A nova moeda digital poderá substituir completamente a moeda física, de forma que será utilizada para compras, transações, pagamentos e investimentos, tornando-se a forma preferencial de transações da população. O próprio Banco Central fará a emissão das moedas digitais e sua distribuição será realizada pelos outros bancos que adotarem esse sistema eletrônico.
O Banco Central alega que o principal benefício trazido por essa nova forma de pagamento será reduzir a produção de cédulas de dinheiro e a possibilidade de utilizar esse dinheiro no mundo inteiro, além de conferir mais segurança, pois diminui as lavagens de dinheiro.
Ainda, segundo o próprio Banco Central, somente 3% do dinheiro comercializado no Brasil é em formato físico, ao passo que cerca de 9 trilhões de reais são negociados eletronicamente. Esses dados mostram a superioridade e preferência da nova plataforma digital em comparação aos modelos monetários mais antigos.
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