O fim está próximo: Americanas encerra serviço de televendas
Americanas encerra contratos com serviços terceirizados. A empresa está realmente falindo? Entenda.
Americanas está passando por um processo de recuperação judicial depois de revelar um rombo de R$ 20 bilhões. Nesta última quarta-feira dia, 1, a empresa encerrou o serviço de televendas. Devido à crise, a companhia informou que interrompeu alguns contratos com empresas de serviços terceirizados. Veja quais contratos chegaram ao fim.
Sobre a crise na Americanas
Após o encerramento de contratos ligados aos serviços terceirizados, incluindo o canal de televendas, agora quando um consumidor tentar fazer uma compra desta forma, ele ouvirá uma mensagem gravada que diz: “Prezado cliente, nosso serviço de televendas foi encerrado. Você pode aproveitar as nossas ofertas no nosso aplicativo ou site. Obrigada”.
A Americanas já tinha começado a cortar despesas com o pessoal e a interromper contratos com empresas que forneciam serviços “dispensáveis”. A dívida que o grupo está tentando superar é de R$ 41 bilhões.
A empresa deixou claro recentemente: “condução de seu processo de recuperação judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia”.
Plano de recuperação
Segundo o grupo, há um plano de recuperação que definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses.
De acordo com certas fontes, este plano irá incluir o fechamento de algumas lojas Americanas, o que, infelizmente, pode levar a demissões como parte da redução de custos que terá de implantar enquanto negocia um retorno.
A Americanas informou que está discutindo com o Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que formam o trio de acionistas de referência, sobre a a negociação com bancos com um empréstimo da modalidade DIP (debtor in possession). Ele atua como um empréstimo-ponte, um recurso procurado principalmente por empresas em recuperação judicial, que devem solicitar algo a partir de R$ 1 bilhão.
A falta de garantias, por outro lado, é o que vem gerando certos impasses nas negociações.
De toda forma, a Americanas adicionou ao seu time de advogados, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, que são sócios do escritório de advocacia que defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Operação Lava-Jato.
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