O nível de QI não é capaz de medir a nossa inteligência completamente, segundo cientistas
Há muitas teorias que tentam definir a diferença entre QI e inteligência. Dessa vez, pesquisadores descobriram algo que pode ser o maior indicativo da diferença entre os dois fatores.
Os debates sobre a relação entre o Quociente de Inteligência (QI) e a verdadeira natureza da inteligência têm sido temas frequentes na psicologia e na área da educação por décadas.
Quando a discussão se volta para crianças superdotadas, as questões se tornam ainda mais complexas. Embora o QI seja uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar a capacidade cognitiva, a superdotação evidencia que a inteligência não pode ser completamente definida por um único número obtido em um teste.
Um novo teste, no entanto, promete levar esse debate a um novo patamar, ao afirmar que é capaz de identificar essa característica desde o nascimento.
Fabiano de Abreu Agrela, pós-doutor em neurociências e membro da Sociedade de Neurociência dos Estados Unidos, desenvolveu um sistema que propõe a identificação de genes associados ao QI.
Este teste genético não se limita a fornecer informações sobre a inteligência individual, mas também pode identificar predisposições a condições de saúde mental, como Alzheimer, transtorno bipolar, autismo e outros diagnósticos.
A inteligência é complexa
O relatório de inteligência genética é uma análise multigênica que se baseia em estudos replicados e cálculos matemáticos com z-scores. Estes quantificam a distância de um valor em relação à média de um grupo específico, no caso, pessoas com registros de QI registrados.
Esta abordagem permite identificar variantes genéticas adjacentes que são relevantes para a classificação genética do relatório. Essa classificação está correlacionada com os resultados dos testes de QI tradicionais.
A medição do QI é geralmente conduzida por meio de testes padronizados, elaborados por sociedades para superdotados. Esses testes são projetados para avaliar a capacidade cognitiva de uma pessoa.
Esses testes abrangem várias áreas, incluindo raciocínio lógico, memória, habilidades matemáticas, compreensão verbal e resolução de problemas.
Os resultados desses testes são comparados com a média da população, que possui uma pontuação média de QI de 100. Portanto, uma pontuação acima de 100 indica um QI acima da média, e vice-versa.
Há algum tempo se discute que os testes de QI podem não abranger todas as facetas da inteligência, como a inteligência emocional, a criatividade ou as habilidades práticas.
Portanto, a interpretação dos resultados do QI deve ser feita com cautela, uma vez que a inteligência é um conceito complexo e multifacetado que não pode ser completamente definida por um único número em um teste.
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