O que acontece com o corpo ao beber refrigerante diariamente? É PREOCUPANTE!

O refrigerante é uma das bebidas mais populares do mundo, com uma grande parcela da população consumindo-o diariamente.

Um estudo conduzido pelo Instituto de Efectividad Clinica y Sanitária (IECS) da Argentina, abordando países da América Latina, indica que o consumo de bebidas açucaradas custa cerca de R$ 2,9 bilhões anuais ao sistema de saúde brasileiro. Esse valor é gasto no tratamento de doenças associadas a essas bebidas.

A pesquisa aponta que cada brasileiro bebe, em média, 61 litros de refrigerantes e outras bebidas açucaradas por ano, o que contribui para que aproximadamente 2,2 milhões de pessoas sofram com obesidade ou sobrepeso.

Adicionalmente, os resultados mostram que 16,2% dos casos de diabetes no Brasil, equivalendo a 1,3 milhão de casos, estão relacionados ao consumo dessas bebidas.

O simples som dos cubos de gelo batendo no copo, o chiado da efervescência e a sensação de formigamento na garganta ao dar o primeiro gole podem deixar muito com água na boca só de pensar nisso.

Embora a maioria das pessoas reconheça que o refrigerante não é uma escolha nutricionalmente rica, é importante considerar até que ponto o hábito de consumi-lo diariamente afeta a saúde. Afinal, são os nossos hábitos diários que mais impactam nosso bem-estar geral.

O efeito que o refrigerante pode causar

Antes de entender como o refrigerante afeta o corpo, é essencial compreender sua composição.

A grande maioria dos refrigerantes é feita com água gaseificada, um adoçante que pode ser açúcar, xarope de milho rico em frutose ou adoçante artificial, ácido fosfórico para sabor e conservação, além de aromas naturais.

Alguns tipos, como Pepsi e Coca-Cola Classic e outros, também contêm cafeína. Uma lata ou garrafa de refrigerante comum pode conter, em média, 155 calorias, 38 gramas de carboidratos, 37 gramas de açúcar e 34 miligramas de cafeína.

Para contextualizar, a Associação Americana do Coração recomenda limitar o consumo de açúcar a 25 gramas por dia para mulheres e 36 gramas por dia para homens – menos do que o encontrado em uma única lata de refrigerante.

De acordo com a nutricionista Sonya Angelone, a ingestão diária de refrigerante pode ter efeitos imediatos no corpo. Inicialmente, você pode perceber um aumento na energia devido à cafeína e ao açúcar presente na bebida.

Angelone explica que a cafeína bloqueia a adenosina, um neurotransmissor que induz à sensação de cansaço, enquanto os carboidratos simples provenientes do açúcar são absorvidos rapidamente na corrente sanguínea, contribuindo também para esse aumento de energia.

O consumo diário a longo prazo

O Dr. Neil Paulvin, especialista em medicina regenerativa, alerta que o consumo diário de refrigerante pode resultar em ganho de peso, especialmente na região abdominal.

Esse acúmulo de gordura abdominal pode ser perigoso, aumentando o risco de desenvolver doenças cardíacas, síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e até câncer de mama.

A longo prazo, o hábito regular de consumir refrigerantes não apenas aumenta a probabilidade dessas condições, mas também está associado a doenças renais, pressão alta e colesterol elevado.

Além disso, o refrigerante pode ter efeitos adversos para a saúde do coração, sendo que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos Estados Unidos.

Estudos descobriram que o consumo de refrigerante, independentemente da frequência ou da versão dietética, está relacionado a um maior risco de doenças cardíacas e derrames.