O que é cultura?

Cultura é um conceito amplo e com definições distintas para cada campo do conhecimento. Saiba agora o que é e quais são os diferentes tipos de cultura.

O conceito de cultura é amplo e costuma ser trabalhado no campo da Antropologia. Muito estudada na área das Ciências Humanas, a cultura é inerente ao homem, ainda que falemos de forma errônea que algumas pessoas não possuem cultura.

Segundo o dicionário Michaelis, a cultura possui várias definições:

  • Pode ser representada como o cultivo da terra, proveniente do verbo latino colere, na perspectiva da agricultura.
  • Designa o ato de cultivar células ou tecidos vivos numa solução com nutrientes, em condições adequadas, a fim de realizar estudos científicos, para fins biológicos.
  • Caracteriza o conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, parte de um grupo social, no campo da Antropologia.

De qualquer modo, a cultura é como um mapa sobre o território e por meio desse mapa é possível identificar características geográficas e sociais.

Marilena Chauí argumenta que a sociedade de classes instituiu a divisão cultural e que a cultura possui três traços principais que a distinguem do entretenimento:

  1. “Em primeiro lugar, é trabalho, ou seja, movimento de criação de sentido”.
  2. “Em segundo, é a ação para dar a pensar, dar a ver, dar a refletir, a imaginar e a sentir o que se esconde sobre as experiências vividas ou cotidianas”.
  3. “Em terceiro, numa sociedade de classes, de exploração, dominação e exclusão social, a cultura é um direito do cidadão, direito de acesso aos bens e obras culturais, direito de fazer cultura e de participar das decisões sobre a política cultural”.

Cultura como um direito

Quando falamos da cultura como direito do cidadão, lembramos da Constituição Federal, que traz o seguinte texto: “Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.

Sendo assim, as manifestações culturais são produções simbólicas do homem e precisam ser resguardadas, previstas até na legislação.

Outro fato, ao apresentar a divisão da cultura, algumas mudanças sociais nos fazem deixar de abordar apenas o conceito de cultura erudita e cultura popular, sendo incorporada o termo cultura de massa.

É no período dos avanços tecnológicos, dos meios de comunicação de massa, quando se passa a ter a ilusão de que todos possuem o acesso aos mesmo bens culturais.

Cultura erudita, popular e de massa

A princípio a cultura era divida apenas em cultura erudita e cultura popular. A cultura erudita designava aquela concebida para uma elite intelectual, econômica e social; enquanto a cultura popular seria a transmitida de geração em geração, por meio da tradição.

Com o advento da Revolução Industrial e do capitalismo, nasce o conceito de cultura de massa. Essa significa que todos os bens culturais passam a ter como objetivo principal o lucro e o consumo.

Cultura material e cultura imaterial

Quando falamos de cultura, podemos estar nos referindo a manifestações artísticas, patrimônios culturais, festejos, crenças, etc. Diante disso, surge a classificação da cultura em cultura material e imaterial.

Em síntese, esses são dois tipos de patrimônio cultural pertencentes à comunidade.Todos eles representam a herança cultural e a identidade de seus povos.

A cultura material seria aquela relacionada aos elementos palpáveis. De modo simples, simboliza o que você pode tocar e sentir, tais como igrejas, museus, teatros, sítios arqueológicos, etc. Já a cultura imaterial designa os hábitos, comportamentos e costumes de um grupo, mas que são intangíveis.

Alguns órgãos foram implementados para preservar os patrimônios culturais, dentre eles o caso brasileiro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Ainda no governo de Getúlio Vargas, um decreto possibilitou a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em meio ao projeto elaborado por Mário de Andrade, o que depois seria o Iphan.

Essas instituições trabalham cotidianamente para manter viva a memória e as histórias dos diferentes povos, deixando registros para a nação.

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