Conheça o índice BigMac e sua relação com a moeda local

O BigMac é um dos hambúrgueres mais famosos do McDonald’s, sendo comercializado desde 1968 e até hoje é um dos mais vendidos pela empresa. Por conta dessa popularidade, em 1986 a revista britânica The Economist criou o BigMac Index, ou Índice BigMac, que basicamente faz uma comparação entre os preços desse hambúrguer em diversos países e o poder de compra deles. Leia este artigo e descubra o que é o índice BigMac.

Esse índice, ainda que informal, serve como indicativo para a Paridade do Poder de Compra (PPC), que reflete o custo de vida nos países. Assim, é possível comparar o poder de compra de determinado local tendo como base o hambúrguer famoso, já que o McDonald’s está atuando em quase todo o mundo.

Ademais, esse índice tem a vantagem desse produto ter comercialização de forma padronizada, ou seja, seus ingredientes são praticamente iguais em todos os países.

Como funciona

O índice utiliza o preço do BigMac em dólares a partir do seu país de origem como base.

Assim, tendo esse valor como referência, é possível investigar a quão depreciada ou valorizada está uma moeda em relação ao dólar (Taxa de câmbio).

Como esse índice tem como foco a análise do PPC ele garante o entendimento dos padrões de consumo e produtividade de um país usando o valor único do hambúrguer.

O levantamento dos preços do BigMac é feito em mais de 59 países e ocorre de maneira semestral.

Veja esse índice em alguns Países

Nos Estados Unidos, o BigMac é vendido a U$5,65 de acordo com o último levantamento feito em julho desse ano.

No Brasil o valor chegava a R$22,90 com uma taxa de câmbio considerada em U$5,25 por dólar. Como resultado, o índice apontou uma subvalorização da nossa moeda de 22,8% frente ao dólar americano.

Na Venezuela, País com o maior valor de venda desse hambúrguer, ele custa U$8,35 (R$46,17). Assim, apresenta uma desvalorização da sua moeda de 47% em relação à moeda americana.

O Líbano é o país em que vende mais barato o BigMac: apenas U$1,77. No entanto, ele está no topo do índice de subvalorização da moeda (68,70%), isso porque nos padrões locais é um valor muito alto já que o país vive uma crise econômica agravada pela pandemia.

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