O que leva atiradores em massa a agirem?

De acordo com o especialista, essas pessoas justificam as ações cruéis com base no autoengano.

Diante das tragédias causadas por tiroteios em massa, encontramo-nos diante de um cenário repleto de questões sem respostas. O choque diante da realidade e a perplexidade diante da extrema crueldade nos deixam atônitos.

Surge, então, uma série de questionamentos: o que leva alguém a cometer atos de tamanha brutalidade? Como podem justificar suas ações frente a tais tragédias?

Embora as respostas sejam complexas, um padrão emerge: a dor emocional frequentemente serve de justificativa para tais atos de crueldade, conforme apontado por um psicólogo de Harvard.

Atiradores em massa muitas vezes criam narrativas enganosas para si mesmos, usando a dor emocional como meio de justificar suas ações.

Como atiradores justificam a crueldade

O autoengano, algo comum em nosso cotidiano, pode ter consequências graves, especialmente quando usamos experiências dolorosas como desculpas para ferir outros.

A dor emocional, decorrente dos desafios da vida, pode ser uma reação a eventos objetivamente traumáticos, tais como ser criado por pais abusivos, perder um ente querido, passar por experiências de quase morte, sofrer violência sexual ou assaltos.

Frente a essas adversidades, é comum que tais indivíduos justifiquem suas ações culpando outros por suas próprias dores.

No entanto, enfrentar situações difíceis na vida não é uma justificativa válida para infligir trauma a outras pessoas. Somos responsáveis por nossas ações, independentemente das adversidades que enfrentamos.

Nossas reações são um reflexo direto de nosso ser, e devemos assumir responsabilidade por elas, mesmo quando as circunstâncias que contribuíram para nossa dor foram objetivamente terríveis e fora de nosso controle.

Embora todos possamos ser suscetíveis ao autoengano, é crucial reconhecer a importância de assumir a responsabilidade por nossas escolhas e ações.

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