O retorno dos carros populares: chegou a nova era no ramo automobilístico?
Os carros foram afetados pela economia e os preços estão elevados. Como estratégia, montadoras cogitam retorno dos veículos populares.
Quem ainda não ouviu dizer que os “carros populares” não existem mais? Essa expectativa está diretamente ligada aos valores altos dos veículos atualmente. Não significa que os carros acessíveis não sejam fabricados, mas sim que os carros mais econômicos financeiramente foram afetados pela economia mundial.
Além dos valores, o ramo tem focado a construção dos carros tecnológicos, híbridos ou elétricos, e os consumidores, na maioria dos casos, não conseguem acompanhar tamanha mudança.
Com isso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), liderado pelo vice-presidente da república Geraldo Alckmin, tem criado estratégias.
Junto com montadoras, concessionárias e outras empresas, o plano é trazer de volta essa perspectiva brasileira acerca dos carros populares.
A volta da comercialização dos carros mais baratos será viável para voltar a aquecer o mercado automobilístico que está estagnado. As taxas estão altas, mas o poder aquisitivo dos brasileiros não acompanhou a mudança do mercado.
Os carros tecnológicos ganharam destaque e seus consumidores são nichados, além disso, a maioria dos brasileiros escolhem a opção mais em conta que o carro popular tem a oferecer.
A discussão surgiu no momento em que montadoras precisam dar férias coletivas para os funcionários, pois não há o que produzir. Qual seria a estratégia do Governo Federal?
Mudança prevista e retorno dos carros populares
O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), José Andreta Júnior, comentou a preocupação do setor com a estagnação nos últimos anos. Se os carros não forem vendidos, não há rentabilidade e, portanto, as demissões precisarão fazer parte da rotina das montadoras.
Para Andreta Júnior, esse retorno às vendas precisa surgir dos consumidores menores para os consumidores maiores, fazendo com que atinja o público que não consegue comprar um carro zero atualmente.
A Fenabrave, como informou o presidente da instituição, tem uma composição de dados que poderão ajudar o Governo Federal nessa nova retomada de vendas.
Interessada no assunto, a fabricante Stellantis, que lidera Fiat, Jeep, Citröen, Peugeot e Jeep, demonstrou estar disposta a retomar a fabricação dos carros populares, como orientou o presidente Antonio Filosa. Para ele, seria necessário retomar o conceito de “carro popular” para dar início à estratégia.
Antonio Filosa acredita que os veículos mais baratos precisam ter os impostos reduzidos, o crédito mais em conta e definir os custos ideais para o veículo. Por enquanto, essa tem sido a expectativa para voltar a aquecer o setor.
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