O universo tinha apenas 717 galáxias em seu estágio inicial

O telescópio Webb conseguiu identificar a quantidade inicial das galáxias, o que é maior do que pensavam anteriormente.

Recentemente, o Telescópio Espacial James Webb surpreendeu ao capturar mais de 45 mil galáxias em uma única imagem ao observar uma parte do céu no universo.

No entanto, os cientistas agora estão direcionando seu olhar para além desse momento, buscando desvendar os segredos da evolução cósmica desde a primeira luz do Big Bang.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Arizona está utilizando o Webb para mergulhar mais profundamente no universo e viajar no tempo, investigando os eventos que ocorreram durante essa fase primordial da existência cósmica.

Durante a 242ª reunião da American Astronomical Society, a equipe apresentou uma descoberta impressionante. Eles identificaram centenas de galáxias que datam de uma época em que o universo tinha apenas 4% de sua idade atual, ou seja, menos de 600 milhões de anos.

Essas observações foram possíveis graças ao JWST Advanced Deep Extragalactic Survey (JADES), um projeto que visa investigar as origens e a evolução das galáxias por meio do estudo de regiões profundas do espaço.  

A origem da galáxia é maior do que a astronomia pensou

Segundo Marcia Rieke, colíder do programa JADES, o objetivo do projeto é investigar questões fundamentais sobre a formação e a evolução das galáxias.

Ela enfatiza a importância de compreender como as primeiras galáxias surgiram, a taxa de formação estelar naqueles estágios iniciais e os motivos pelos quais algumas galáxias interromperam esse processo.

De acordo com os pesquisadores do projeto, a névoa gasosa que envolvia o universo durante a “Época da Reionização” dificultava a passagem de luz energética, como raios X e ultravioleta.

Porém, por meio dos dados obtidos pelo Telescópio Espacial James Webb, eles conseguiram identificar 717 galáxias jovens, um número maior do que o esperado.

Surpreendentemente, todas essas galáxias já apresentavam uma extensão de milhares de anos-luz, indicando um processo acelerado de evolução cósmica nessa fase. As galáxias observadas pelo projeto JADES apresentam um fenômeno notável chamado de “explosões surpreendentemente episódicas de formação estelar”.

As descobertas têm despertado o interesse dos pesquisadores, que buscam desvendar questões fundamentais, tais como os processos de formação das primeiras galáxias, a velocidade com que elas produziam estrelas e os motivos pelos quais algumas galáxias interromperam completamente esse processo de formação estelar.

Essa conquista proporcionou aos astrônomos uma quantidade significativa de dados, que vai impactar na descoberta inicial das galáxias.  

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