OCDE alerta: Brasil é um dos países que menos investem em educação

Relatório mostra que o país investe pouco (e mal) na educação; valores estão cerca de três vezes abaixo da média global.

A educação no Brasil enfrenta mais um grande desafio: o país está entre os que menos investem no setor, segundo o relatório “Education at a Glance 2024” da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O documento aponta que o país gasta anualmente US$ 3.668 (R$ 20.113,84) por aluno da rede pública, menos de um terço da média dos países da OCDE, que investem cerca de US$ 11.914 (R$ 65.331,59) por estudante.

Essa situação revela uma preocupante defasagem no investimento em educação no Brasil, especialmente se comparada a outras nações que são referência no desenvolvimento humano.

O cenário, no entanto, vai além dos números e reflete diretamente na qualidade da educação pública, impactando milhões de estudantes em todas as regiões do país.

Mais do que nunca, é preciso investir na educação brasileira – Imagem: reprodução

Educação no Brasil e comparação com outros países

Ao analisar o investimento em educação, a OCDE destaca que o Brasil destina 4,4% do seu PIB ao setor, índice semelhante ao de países como Suécia e Nova Zelândia. Contudo, ao se observar o valor per capita investido em cada aluno, a disparidade é evidente.

Países com menor população e PIB, como a Suécia e a Nova Zelândia, conseguem direcionar recursos significativamente maiores para cada estudante.

Além disso, enquanto os países da OCDE aumentaram seus investimentos em 2,1% ao ano entre 2015 e 2021, o Brasil seguiu na contramão, com uma redução média de 2% ao ano no mesmo período.

Esse corte afeta tanto a educação básica quanto a superior, agravando as desigualdades no acesso à educação de qualidade.

Consequências do baixo investimento

A falta de investimento adequado na educação no Brasil tem consequências graves, diretas e persistentes.

Entre as principais, estão a defasagem tecnológica nas escolas públicas, a escassez de recursos pedagógicos e a sobrecarga dos professores, que frequentemente enfrentam salas de aula lotadas e falta de materiais básicos.

Tal cenário, corroborado por documentos sérios como esse relatório da OCDE, desafia o país a rever suas políticas de investimento em educação, buscando não só aumentar os recursos, mas também garantir que eles sejam melhor distribuídos para atender as reais necessidades dos estudantes brasileiros.

Em um cenário ideal, as autoridades brasileiras ouviriam com mais atenção as recomendações de especialistas e entidades internacionais, que alertam, e já não é de hoje, que a educação do Brasil precisa urgentemente de melhor estrutura.

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