Café já foi banido em vários países no mundo

Você consegue imaginar uma vida sem café? Se essas proibições acontecessem hoje, muitas pessoas sofreriam sem a bebida.

Já imaginou uma vida em que seja proibido tomar café? Além de ser uma bebida popular e presente na vida de muitas pessoas, também representa momentos de descontração e de encontro, seja em cafés, livrarias ou para receber visitas em casa. Acompanhe a leitura e saiba onde o café foi banido.

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A Associação Nacional do Café estima o surgimento da bebida durante o século XV, em que o café era cultivado e comercializado na Península Arábica, para depois ser levado a países como Egito, Pérsia, atual Irã, Síria e Turquia.
Mas, durante diferentes períodos da história, a bebida milagrosa que dá energia para realizar as atividades diárias foi proibida pelos governantes em alguns países ao redor do mundo. Veja quais foram esses países e os motivos.

Meca (1511 e 1535)

No século XVI, homens se reuniam em casas de café para conversar sobre vários assuntos, e política costumava ser o principal deles, o que não agradou ao governador Khair Beg. Então, em 1511, o mandatário ordenou o fechamento de todos os cafés, com penas severas para quem fosse visto comercializando ou consumindo a bebida.

Contudo, a situação não durou muito tempo, porque o sultão do Cairo suspendeu a proibição e matou o então governador Khair Beg.

Anos mais tarde, o motivo para a tentativa de proibir a bebida se deu em razão da religião, mais especificamente, porque o alto comando do clero não apoiava as conversas filosóficas e políticas nas casas de café. Assim, os clérigos tentaram banir o café com a justificativa de que era uma bebida intoxicante e, portanto, proibida pelo Alcorão. No entanto, a tentativa foi mal sucedida e o café continuou a ser comercializado e apreciado.

Turquia (1536)

Com a intenção de manter o monopólio na produção do café, o governo do Império Otomano proibiu a exportação dos grãos de café do Iêmen, à época sob o seu controle. A restrição durou até 1600.

Roma (1590)

Em Roma, a motivação religiosa foi o que moveu parte da elite católica para conseguir a proibição do café com o Papa Clemente VIII. Segundo os clérigos da época, a bebida era do satanás, por ter origem islâmica. No entanto, a proibição não foi bem sucedida, e a Itália hoje é uma das maiores produtoras de café do mundo.

Constantinopla (1633)

O sultão Murad IV decidiu proibir o café porque acreditava que a bebida era a responsável pela decadência e transgressão social da época. Para ele, as conversas em casas de café representavam perigo e espaços de pouca virtude moral.

Por esse motivo, o sultão determinou pena de morte para quem fosse encontrado em posse da bebida. Segundo relatos, ele se disfarçava de pobre para vigiar as ruas, e quem fosse visto consumindo café morria na mesma hora.
Após a morte do sultão, a pessoa só era morta ao beber café se fosse encontrada mais de uma vez consumindo a bebida. A pena era morrer por afogamento.

Suécia (1746 e 1756)

Na Suécia, a primeira proibição aconteceu quando o rei Adolf Frederick aumentou os impostos do chá e do café, com a justificativa de proteção dos súditos contra os efeitos aparentemente perigosos atribuídos à cafeína.

Anos mais tarde, Gustav III também determinou a proibição da bebida e a instauração de um estudo para comprovar os efeitos nocivos da cafeína. No entanto, o participante da pesquisa que consumiu cafeína viveu até mais do que o próprio rei.

Prússia (1777)

Frederico, o Grande, não gostava de beber café, mas como adorava cerveja, impôs a proibição ligada ao café. No entanto, além do gosto pessoal, a importação de café era cara, enquanto a produção de cerveja era mais barata, circunstância que levou à proibição.

Contudo, após a morte de Frederico, as restrições foram revogadas e o café voltou a ser consumido na Prússia.

Estados Unidos (1942)

Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos cortaram o consumo de café em virtude do racionamento imposto pela guerra. A bebida era a preferida dos militares e o governo deu prioridade ao consumo do café para esse grupo. O racionamento durou apenas um ano, e em 1943 o consumo do café preto pelas famílias americanas voltou ao normal.

Como é possível ver, boa parte das proibições ligadas ao café se relacionam com a origem da bebida, além do gosto pessoal dos governantes à época. Sendo assim, hoje não é possível que esse tipo de proibição aconteça novamente.

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