ONU denuncia o Talibã pelas proibições às mulheres
As denúncias fazem referência à proibição de trabalho e estudo por parte das mulheres.
Nesta terça-feira, dia 27 de dezembro, a ONU fez o pedido de participação plena das mulheres no Afeganistão e denunciou as proibições do Talibã. Proibição essa que impede mulheres de trabalharem em ONG e organizações de ajudas humanitárias, assim como a frequentar universidades. Acompanhe a leitura e saiba mais sobre de que modo a ONU denuncia o Talibã.
Proibições às mulheres no Afeganistão
A declaração escolhida em consenso pelos 15 membros relatou que essa proibição do Talibã que impede meninas e mulheres de frequentarem escolas secundárias e universidades no Afeganistão, citam eles: “representa uma crescente erosão do respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais”.
O Conselho de Segurança se pronunciou: “Essas restrições contradizem os compromissos assumidos pelo Talibã com o povo afegão, bem como as expectativas da comunidade internacional”. Além disso, o Conselho de Segurança demonstrou apoio à ONU, na missão política aplicada no Afeganistão, chamada Unama.
Grupos de ajuda globais disseram que estariam suspendendo as suas operações, pois não tinham como continuar com a execução de seus programas sem uma equipe feminina afegã.
Revolta no Afeganistão
Essas proibições causaram uma grande revolta entre os cidadãos do Afeganistão, além de causar indignação internacional. Manifestações começaram a ocorrer nas cidades afegãs e em março no país já haviam banido as meninas do ensino médio. Além dessas proibições, mulheres não podem mais frequentar parques e ginásios e são proibidas de atuar em muitas áreas dos setores profissionais.
O Conselho de Segurança promete tomar uma medida que terá um impacto significativo e imediato, seguindo as operações humanitárias no Afeganistão, assim como as lideradas pela ONU.
A proibição das mulheres de trabalharem em ONG e organizações de ajudas humanitárias terá consequências péssimas. Volker Türk citou: “Nenhum país pode se desenvolver, na verdade, sobreviver, social e economicamente com metade da sua população excluída”.
Volker Türk destacou ainda, que essas proibições aumentarão o sofrimento de toda a população do Afeganistão. Que essa restrição irá prejudicar significativamente ou, se não, destruir toda a capacidade dessas ONG de prestar os seus serviços essenciais, os quais os afegãos dependem tanto.
Mais da metade dos 38 milhões de habitantes do país necessitam de ajuda urgente durante o período do rigoroso inverno, de acordo com a ONU.
A proibição da participação das mulheres em ONGs as privara e a suas famílias do direito de contribuir de forma positiva para o desenvolvimento de seu país, além de privá-los de uma fonte de renda para suas famílias.
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