Os 10 erros de português que os brasileiros mais cometem

O domínio da língua portuguesa é um desafio contínuo para muitos brasileiros. Apesar de ser a língua nativa, diversas nuances, regras gramaticais e exceções podem levar ao cometimento de erros comuns.

Erros frequentes podem comprometer a clareza da mensagem e, em contextos formais, causar má impressão. Portanto, identificar e entender esses equívocos é o primeiro passo para evitá-los, promovendo uma expressão mais precisa e adequada.

Este texto busca elencar e explicar os dez erros mais comuns cometidos por brasileiros ao usar a língua portuguesa. Você comete algum deles?

1. “Mas” e “Mais”: O erro na utilização dessas palavras ocorre principalmente pela semelhança fonética. Enquanto “mas” é uma conjunção adversativa, utilizada para estabelecer uma oposição ou contraste, “mais” é um advérbio de intensidade que indica soma ou quantidade superior.
2. “Há” e “A”: A confusão entre essas palavras é comum devido à sua pronúncia similar. “Há” provém do verbo haver e indica tempo decorrido, enquanto “a” pode ser uma preposição ou artigo, não tendo relação temporal.
3. Uso inadequado de “para mim fazer”: Uma falha recorrente é a má utilização da expressão “para mim fazer”, quando o correto seria “para eu fazer”. O pronome “mim” não realiza ações, sendo assim, não pode ser sujeito na frase.
4. “Mal” e “Mau”: Esses termos são frequentemente trocados. “Mal” é o oposto de bem e pode ser um advérbio ou substantivo, enquanto “mau” é o contrário de bom, sendo um adjetivo.
5. “A gente” e “Agente”: A confusão aqui decorre da similaridade sonora. “A gente” é uma expressão equivalente a “nós”, e “agente” refere-se a alguém que age, que executa uma ação.
6. “Interveio” e “Interviu”: O correto é “interveio”, do verbo intervir, que é derivado de vir. Assim, segue a conjugação do verbo vir no passado: ele veio, eles vieram; ele interveio, eles intervieram.
7. Uso incorreto do gerúndio: O gerundismo, especialmente em atendimentos telefônicos, tornou-se notório. Frases como “Vou estar enviando” deveriam ser substituídas por formas mais diretas, como “Vou enviar”.
8. “Meio” e “Meia”: A confusão ocorre quando “meio” é usado como advérbio, significando “um pouco”, e permanece invariável. Por exemplo, é correto dizer “meio cansado”, e não “meia cansada”.
9. “Onde” e “Aonde”: “Onde” refere-se a um lugar em que algo ou alguém está, enquanto “aonde” é usado com verbos que indicam movimento, significando “para onde”.
10. “Em vez de” e “Ao invés de”: “Em vez de” é usado para indicar substituição, e “Ao invés de” implica em ideia de oposição. Eles não são sinônimos e têm usos específicos.

Esses erros, embora comuns, são corrigíveis com prática e atenção. A língua portuguesa, com sua rica complexidade, exige estudo contínuo e dedicação para seu pleno domínio. Reconhecer e corrigir essas falhas é um passo importante no caminho para uma comunicação clara e eficaz.