Como o vinagre pode ser um aliado na luta contra o aquecimento global?
A ideia foi lançada por engenheiros químicos que inovaram na produção de ácido cético com base na atmosfera terrestre.
Engenheiros químicos da Monash University, na Austrália, desenvolveram um processo industrial inovador para a produção de ácido acético, também conhecido como vinagre, utilizando o excesso de dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera.
Essa tecnologia promissora tem o potencial de gerar emissões negativas de carbono.
Os resultados desse estudo foram divulgados na renomada revista Nature Communications, revelando que o vinagre pode ser produzido a partir do dióxido de carbono (CO2) capturado utilizando um catalisador sólido de baixo custo.
Esse avanço permite substituir os catalisadores líquidos tradicionais à base de ródio ou irídio, que são amplamente utilizados nesse processo.
Como afirmado por Thanksale, mesmo se todas as emissões industriais fossem interrompidas hoje, os impactos negativos do aquecimento global persistiriam por um período de pelo menos mil anos.
O vinagre pode ser eficiente contra o aquecimento global
Akshat Tanksale, o pesquisador principal desse estudo, destaca que essa descoberta pode se tornar uma importante aliada para as grandes indústrias.
Ele ressalta que o dióxido de carbono (CO₂) é abundante na atmosfera e é a principal causa do aquecimento global e das mudanças climáticas.
Akshat Tanksale ressalta a importância de uma abordagem ativa na remoção do CO₂ da atmosfera e na sua conversão em produtos que não o liberem de volta.
Ele enfatiza a necessidade de desenvolver um método industrialmente viável em larga escala para promover as emissões negativas e enfrentar os desafios relacionados às mudanças climáticas.
Com o uso desse processo de produção de ácido acético a partir do CO₂, é possível contribuir para a redução dessas emissões e promover um impacto positivo no meio ambiente.
Sendo assim, uma equipe de pesquisadores se dedicou ao desenvolvimento de uma estrutura orgânica de metal (MOF), que consiste em uma substância cristalina composta por unidades repetidas de átomos de ferro conectados por pontes orgânicas.
Após esse processo, o MOF foi submetido a um aquecimento cuidadoso, o que resultou na quebra das pontes presentes na estrutura. Como resultado, formaram-se partículas com dimensões extremamente pequenas, na escala dos nanômetros, nas quais os átomos se aglomeram.
Essas partículas são essenciais para o funcionamento eficiente do processo de produção de ácido acético a partir do CO₂ capturado.
Após a formação das partículas de ferro, essas nanopartículas foram incorporadas em uma camada porosa de carbono. Essa estrutura proporcionou estabilidade às partículas de ferro durante as reações químicas, tornando-as ativas no processo de produção de ácido acético.
Essa abordagem resultou no desenvolvimento do primeiro catalisador à base de ferro com foco específico na produção de ácido acético.
Além das vantagens de maior eficiência e economia em comparação com os catalisadores líquidos, os catalisadores sólidos desenvolvidos também têm um potencial significativo para inibir o aquecimento global, contribuindo para desacelerar as mudanças climáticas.
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