Os oceanos da Terra estão com 'febre', de acordo com artigo da Nasa

O aquecimento global tem trazido inúmeras consequências para o planeta, inclusive o aquecimento anormal dos oceanos. Entenda melhor a seguir!

Os oceanos desempenham um papel crucial na regulação da temperatura global e no clima. A capacidade térmica oceânica permite a absorção de calor solar durante o dia e sua liberação à noite. Assim, as variações de temperatura são atenuadas.

Além disso, os mares ainda são vitais na absorção de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

Fenômenos climáticos como El Niño e La Niña são influenciados pelas variações térmicas da superfície do mar no Oceano Pacífico tropical.

O El Niño, por exemplo, é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico, causando impactos climáticos significativos em todo o mundo, como secas e inundações.

Recentemente, tem havido uma crescente preocupação com o aumento das temperaturas oceânicas. Nesse sentido, a Nasa publicou o artigo “O oceano está com febre“.

O texto explica que as temperaturas médias da superfície do mar têm excedido os registros históricos mantidos pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês).

O que diz o artigo da Nasa?

O oceanógrafo da Nasa, Josh Willis, destaca que o El Niño do Pacífico tem tido um papel no agravamento do aquecimento global a longo prazo, afetando as altas temperaturas oceânicas.

Tais variações nas temperaturas oceânicas já são observadas em várias partes do mundo, incluindo o noroeste do Oceano Pacífico, próximo ao Japão, e o nordeste, perto da Califórnia e Oregon, nos Estados Unidos.

Também foram registradas diferentes faixas de temperatura nos oceanos Índico, Ártico (Setentrional) e Antártico. Em Porto Rico, uma onda de calor global tem afetado a ilha, resultando em recordes de temperatura.

Nesse caso, há índices de calor atingindo até 46,6°C desde junho. O Serviço Meteorológico Nacional dos EUA emitiu alertas de calor extremo consecutivos nesse período.

(Imagem: divulgação)

Além disso, as temperaturas das águas ao redor de Porto Rico mudaram, impactando as temperaturas mínimas na ilha e causando pela manhã níveis térmicos mais elevados.

Essas águas quentes também impactaram a vida marinha, levando a um aumento no sargaço e ao branqueamento dos recifes de coral no Caribe.

O aquecimento dos mares durante a temporada de furacões pode ainda acelerar o desenvolvimento de mais furacões na região.

Por fim, Gavin Schmidt, diretor do Goddard Space Research Institute da Nasa, atribui o aumento da temperatura do mar, em grande parte, à atividade humana e à emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.

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