Panetone estragado? Governo apreende 49 toneladas de passas
49 toneladas de uvas-passas que iriam para panetones foram apreendidas pelo Governo. As passas estavam contaminadas por fungos.
Panetones são amplamente consumidos e adorados nessa época do ano. Com frutas cristalizadas e uma massa deliciosa, a iguaria de Natal é muito querida pelos brasileiros. Entretanto, já imaginou comer um panetone com fungos? Não parece boa ideia.
O Ministério da Agricultura, nesta semana, apreendeu 49 toneladas de uvas-passas, que iriam para a fabricação de panetones. As passas estavam contaminadas por Ocratoxina A, substância tóxica derivada de fungos.
Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande demonstrou que a Ocratoxina A é parte das micotoxinas, produzidas por fungos filamentosos, que podem ocorrer em várias partes da cadeia de produção dos alimentos. Os efeitos podem causar lesão nos rins, são carcinogênicos e teratogênicos, extremamente prejudiciais para o organismo humano.
Essa Ocratoxina A pode ser encontrada em diversos produtos, como vinho, cerveja, cereais, café, frutos secos, uvas, cacau e vários outros. Existe um limite máximo que é permitida a presença de tal substância, mas no caso atual ficou constatado que a taxa encontrada nas passas era quatro vezes maior que esse limite.
As hipóteses para essa taxa exagerada da substância são duas: ou as passas foram armazenadas de maneira inadequada, ou os fungos contaminaram as uvas antes mesmo da colheita, em virtude das condições ambientais que impulsionaram o desenvolvimento dos fungos.
Fungos são até utilizados na culinária, na produção de fermentos e vinhos, por exemplo. Até na indústria farmacêutica eles são úteis, na elaboração de alguns medicamentos. Entretanto, caso hajam ferimentos na pele ou imunidade baixa, os fungos podem provocar doenças e infecções.
Os fungos são parte do Reino Fungi, atuando como decompositores. Eles basicamente reciclam a matéria orgânica na cadeia alimentar, o que gera a decomposição. São seres vivos que liberam suas enzimas no alimento, absorvendo depois os nutrientes necessários para sua própria subsistência.
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