Para espanto dos cientistas, polo magnético da Terra está mudando de lugar – isso é um problema?

Polo magnético da Terra move-se em direção à Sibéria.

O campo magnético da Terra, essencial para a navegação e tecnologia, tem mudado de forma surpreendente. O polo magnético, que historicamente se deslocava gradualmente, agora avança mais rapidamente rumo à Sibéria, um movimento que intriga cientistas e exige revisões tecnológicas.

Segundo o Modelo Magnético Mundial (WMM), atualizado a cada cinco anos, o avanço do polo magnético está mais próximo da Sibéria, revelação publicada em dezembro de 2024. O WMM é essencial para corrigir sistemas de navegação usados em aeronaves, embarcações e smartphones.

A causa exata de tais alterações no campo magnético da Terra ainda é enigmática. No entanto, esse fenômeno destaca a importância de monitorar as mudanças que afetam a vida moderna, desde as comunicações até a segurança em transportes.

Rota estimada do polo magnético da Terra – Imagem: reprodução/Simon Wakefield/Wikimedia Commons

Descobertas científicas sobre o polo magnético

Os cientistas do Serviço Geológico Britânico, em parceria com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, monitoram o movimento do polo magnético.

Graças a dados de satélites e observatórios terrestres, conseguem confirmar as previsões de 2019 sobre o deslocamento em direção à Sibéria.

O polo norte magnético é distinto do polo norte geográfico, pois muda devido ao campo gerado pelo núcleo líquido da Terra. Desde sua descoberta em 1831, ele percorreu mais de 1.500 km e agora se move a 35 km por ano.

Possíveis explicações para o movimento do polo incluem alterações no fluxo de metais líquidos no núcleo externo da Terra. O campo magnético na região do Canadá enfraqueceu, enquanto na Sibéria se fortaleceu, o que influencia o deslocamento para o leste.

A posição do polo magnético é crucial para sistemas como o GPS e tecnologias em aviões e navios. Alterações mais intensas no campo magnético poderiam desorientar satélites, afetar a migração animal e causar até inversões de polos magnéticos.

Os cientistas continuam a observar o campo magnético à espera de que as futuras atualizações do WMM, previstas para 2030, tragam mais esclarecimentos. O estudo contínuo é vital para entender como tais mudanças impactam a Terra e suas tecnologias.

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