Pequenos indícios da antiga galáxia foram revelados pelo telescópio Webb
Cientistas, fazendo uso do melhor telescópio existente, identificaram resquícios de uma galáxia de 25 bilhões de anos-luz de distância.
Astrônomos, utilizando o Telescópio Espacial James Webb, o telescópio mais poderoso já construído, realizaram uma descoberta notável. Eles identificaram uma galáxia massiva e densamente compactada, denominada GS-9209, localizada a uma distância impressionante de 25 bilhões de anos-luz.
A descoberta da GS-9209 foi realizada em 2004 por Karina Caputi, uma estudante de doutorado da Universidade de Edimburgo. Na época, ela estava sendo supervisionada pelos professores Jim Dunlop e Ross McLure na Escola de Física e Astronomia da universidade.
Desde então, Karina Caputi se tornou professora na Universidade de Groningen, localizada na Holanda. Sua descoberta desempenhou um papel fundamental no avanço do conhecimento sobre galáxias primordiais e na compreensão da formação estelar em estágios iniciais do Universo.
Galáxia descoberta por telescópio Webb
De acordo com os pesquisadores, essa galáxia se formou em um período extremamente antigo, apenas 600 a 800 milhões de anos após o Big Bang, tornando-se a mais antiga de seu tipo já encontrada até o momento.
Apesar de ser consideravelmente menor em tamanho em comparação com a Via Láctea, a galáxia GS-9209 é repleta de estrelas. Surpreendentemente, ela abriga um número de estrelas semelhante ao da nossa própria galáxia.
Estimativas indicam que essas estrelas têm uma massa combinada de cerca de 40 bilhões de vezes a do nosso Sol. A formação dessas estrelas ocorreu rapidamente no passado, antes que a formação estelar na galáxia GS-9209 cessasse, de acordo com a equipe de pesquisadores.
Esses achados fornecem insights importantes sobre os processos de formação estelar em galáxias primordiais e contribuem para o nosso conhecimento sobre a evolução do Universo.
A GS-9209 representa o exemplo mais antigo conhecido de uma galáxia quiescente, ou seja, uma galáxia que não está mais formando estrelas.
Quando a equipe de pesquisa observou a galáxia 1,25 bilhão de anos após o Big Bang, ficou evidente que nenhuma estrela havia se formado na galáxia por aproximadamente meio bilhão de anos.
Essa descoberta é de grande importância, pois ajuda a compreender melhor a evolução das galáxias ao longo do tempo cósmico e os processos que levaram à formação das galáxias quiescentes.
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