Pesquisa mostra IA capaz de tratar tumores cerebrais de forma mais rápida e precisa

A máquina é capaz de auxiliar na descoberta e no tratamento dos tumores, reduzindo o tempo de espera dos pacientes.

De acordo com um estudo recentemente divulgado pela Harvard Medical School, uma nova ferramenta de inteligência artificial está sendo desenvolvida para auxiliar neurocirurgiões no tratamento de tumores cerebrais, especificamente os gliomas.

Gliomas são tumores cerebrais comuns em pacientes com câncer. Pesquisadores da neurociência têm trabalhado arduamente por décadas para compreender melhor essa doença.

Os gliomas podem variar em agressividade. Há um tipo particularmente agressivo que foi responsável pela morte de Beau Biden, filho do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do senador do Arizona, John McCain.

De acordo com um dos pesquisadores envolvidos no estudo da Harvard Medical School, Kun-Hsing Yu, diferentes tipos de gliomas exigem abordagens cirúrgicas distintas.

Inteligência artificial vai ajudar no diagnóstico da doença

Durante a remoção de um glioma, é crucial que os neurocirurgiões tenham acesso a informações detalhadas para garantir a segurança do paciente e evitar danos ao tecido cerebral adjacente. No entanto, muitas vezes, essas informações só estão disponíveis quando o paciente já está na mesa de operação.

Durante a cirurgia em pacientes com câncer cerebral, os médicos geralmente enviam uma amostra de tecido ao laboratório de patologia para obter feedback imediato em tempo real, de acordo com Yu.

A análise patológica permite aos médicos confirmar se estão removendo o tecido correto e identificar o tipo específico de câncer que o paciente possui.

Em instalações médicas avançadas, a análise patológica de uma amostra de tecido cerebral pode ser concluída em aproximadamente 10 a 15 minutos, enquanto o paciente ainda está na mesa cirúrgica com o crânio aberto.

Yu enfatizou que esse processo não é infalível, uma vez que os patologistas precisam interromper suas atividades para priorizar as amostras de cirurgias em andamento.

Esse cenário pode gerar estresse e, às vezes, resultar em amostras de qualidade inferior, levando a erros de diagnóstico ocasionais devido à natureza acelerada do processo.

O reconhecimento dessas limitações destaca a importância de aprimorar as técnicas de análise patológica e buscar soluções que minimizem os erros durante a cirurgia de remoção de tumores cerebrais.

A introdução de ferramentas de inteligência artificial pode fornecer suporte adicional aos patologistas e neurocirurgiões, ajudando a melhorar a precisão do diagnóstico e garantindo o melhor cuidado possível para os pacientes.

A equipe liderada por Yu fez uma descoberta significativa ao aplicar técnicas de aprendizado de máquina. Uma ramificação da inteligência artificial, onde a tecnologia aprende padrões sem instruções explícitas de um programador, esta aplicação tornou a análise de gliomas mais rápida e precisa.

Essa tecnologia tem o potencial de reduzir o tempo que os pacientes precisam passar na sala de cirurgia.

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