Inédito: computador quântico simula o primeiro buraco de minhoca
A teoria de viajar pelo espaço-tempo não está apenas nos filmes e seriados de ficção científica.
Um buraco de minhoca, ou ponte de Einstein-Rosen, é uma estrutura especulativa que conecta duas regiões distantes do espaço-tempo, servindo de atalho entre pontos distantes no universo. Essa teoria, na prática, possibilitaria o transporte a milhões de anos-luz de distância em poucos minutos. Uma verdadeira viagem no tempo.
Porém, por mais fantasioso que pareça, este estudo pode ser mais coerente do que se imaginava. Saiba mais sobre a simulação deste fenômeno desenvolvida pelo computador quântico.
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Como foi criada a simulação do buraco de minhoca e qual a sua importância para a física?
Leia abaixo tudo o que você precisa saber sobre o estudo do buraco de minhoca teorizado por Einstein e simulado pelos pesquisadores:
A simulação do buraco de minhoca
Imagine entrar em um túnel na sua casa e sair no quintal de alguém no Japão? Na teoria da relatividade geral, Albert Einstein descreveu a deformidade do espaço-tempo, conhecida como buraco de minhoca, como um tipo de comunicação, permitindo a transferência de um ponto para outro.
Entretanto, há alguns obstáculos para descobrir se estes atalhos realmente existem. Entre eles está a ligação entre a gravidade e a física quântica, cujos campos não se comunicam. Porém, os esforços dos pesquisadores, aliados à tecnologia, podem ter mudado este cenário.
A união entre as instituições Fermilab, Caltech, Google, Harvard e MIT conseguiu simular um buraco de minhoca, pela primeira vez, usando um computador quântico, cujo processador Sycamore foi capaz de rodar a versão simplificada da gravidade e reproduzir a deformidade do espaço-tempo.
Apesar do estudo parecer simples, para o seu funcionamento, foi preciso usar as condições ideais de entrada de energia para que o atalho fosse criado.
Com milhares de cálculos somados a uma tecnologia de ponta e mais um pouco de aprendizagem de máquina, os pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, não apenas criar o buraco de minhoca computadorizado, mas também atravessar informações entre os planos gravitacionais simulados. Isso abre precedentes para a possibilidade real da existência do fenômeno e para a criação de ligações sólidas entre a física clássica e a física quântica.
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