Pesquisadores da UEG encontram novas espécies de pseudoescorpiões
As novas espécies, que foram encontradas no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco, estão sendo investigadas por pesquisadores de Goiás.
A Universidade Estadual de Goiás (UEG) anunciou a descoberta de mais duas espécies de aracnídeos semelhantes a escorpiões. Desta vez, foram dois pseudoescorpiões, medindo 1,5 milímetro e com aparência semelhante à de um escorpião comum.
Essa importante informação foi confirmada por meio da publicação de um artigo científico intitulado “Duas novas espécies de pseudoescorpiões cavernícolas (Arachnida: Pseudoscorpiones) do Nordeste do Brasil”, na renomada revista Zootaxa, sediada na Nova Zelândia.
Eder Barbier, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, realizou a descoberta das duas novas espécies de pseudoescorpiões na caverna Furna do Morcego, localizada no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco.
Após a descoberta, o laboratório de Ecologia Comportamental de Aracnídeos da UEG, situado em Anápolis, confirmou a identificação das espécies.
Pesquisadores descobrem duas espécies de pseudoescorpiões
A pesquisa que resultou na descoberta contou com a colaboração de cientistas de diversas instituições renomadas, como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a própria Universidade Estadual de Goiás (UEG).
De acordo com o pesquisador Everton Tizo, da UEG, os pseudoescorpiões recebem esse nome devido à semelhança que apresentam com os escorpiões verdadeiros, principalmente devido às suas pinças.
No entanto, existem diferenças marcantes entre esses dois grupos de aracnídeos. Os pseudoescorpiões não possuem o pós-abdome e o aguilhão inoculador de veneno, além de serem consideravelmente menores em tamanho.
O pesquisador enfatiza que o Brasil abriga uma rica diversidade de pseudoescorpiões, sendo o lar de 182 espécies conhecidas até o momento. Com a descoberta das duas novas espécies, esse número agora chega a 184.
Everton Tizo destaca que esses animais desempenham um papel importante no controle populacional de pequenos invertebrados presentes em diversos ambientes.
Apesar disso, o conhecimento sobre a diversidade desse grupo ainda é limitado na maioria dos biomas brasileiros. Ainda há muito a ser explorado e compreendido sobre a presença e o papel ecológico dos pseudoescorpiões em diferentes regiões do país.
A pesquisa contínua nessa área é fundamental para expandir nosso entendimento sobre os falsos escorpiões, além de sua ocorrência e importância nos ecossistemas brasileiros.
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