Pesquisadores encontram intrigante cabeça de leão em antiga cidade grega; veja
O incrível artefato agora poderá ser usado para que a história da antiga cidade grega de Selinunte, localizada onde hoje é a Sicília, possa ser melhor compreendida.
Arqueólogos encontraram uma cabeça de leão durante escavações na região da Sicília, na Itália. O artefato feito de mármore apresenta características do século VII a.C. e é parte de Selinunte, uma antiga cidade grega.
Localizada na costa sudoeste da ilha, a cidade de Selinunte era uma próspera civilização grega que ocupou parte da atual Itália.
Por conta do valor histórico da região, ela é um dos maiores sítios arqueológicos da Europa. Por isso, os arqueólogos da Universidade Ruhr (Alemanha) estavam pesquisando o local quando encontraram o rico artefato.
A equipe liderada pelo professor Jon Albers acredita que a cabeça de leão era mais do que um elemento de decoração.
De acordo com as análises, o artefato foi identificado como uma gárgula do tipo sima do século VII a.C. Provavelmente, o item integrava o sistema de escoamento de água do templo.
Tucídides, um historiador que viveu durante a Grécia Antiga, contava que a cidade de Selinunte foi criada pela colônia Megara Hyblaea, uma cidade siciliana.
Da mesma forma, outros dados históricos apontam que a cidade tinha cerca de 30 mil habitantes antes da sua extinção.
(Imagem: RUB/Axel Miß/Reprodução)
Cabeça de leão de mármore da Grécia Antiga
Com cerca de 60 centímetros de altura, a gárgula foi encontrada na região portuária da cidade. Os arqueólogos relataram que ela apresenta traços inacabados, principalmente onde seria a juba, a saída de água e a decoração do topo da placa de mármore.
Mesmo assim, a descoberta impressionou os pesquisadores por ser consideravelmente maior que os outros itens já descobertos no parque arqueológico da Sicília.
(Imagem: RUB, Marc Klauss/Leah Schiebel/Reprodução)
A sugestão inicial é que a peça integre o “templo E” da cidade, mas a coleta de dados ainda está sendo realizada para validar a informação.
“Ainda não podemos dizer se foi destinado ao conhecido Templo E em Selinunte ou a outro templo ainda desconhecido”, comentou Jon Albers à publicação da universidade.
Para a área de estudos arqueológicos, esse achado é algo essencial para continuar revelando os processos arquitetônicos da época e a formação das cidades históricas.
“Uma vez que a descoberta provém da zona portuária e das imediações do bairro oficinal de Selinunte, permite tirar novas conclusões sobre os contatos comerciais da cidade e as competências técnicas dos antigos habitantes de Selinunte”, aponta o arqueólogo.
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